quarta-feira, 31 de março de 2010


Protesto no Facebook faz Nestlé quebrar contato

Qua, 31 Mar - 14h08


A ação começou com um relatório do Greenpeace sobre o impacto da demanda de óleo de palma sobre as florestas tropicais, o clima e os orangotangos da região. A página de fãs da Nestlé na rede social foi lotada de mensagens de protesto e ameaças de boicote e um vídeo viral produzido pelo Greenpeace está circulando na web.

Surtiu efeito: a empresa quebrou o contrato com a extratora Sinar Mas e se comprometeu a usar somente óleo certificado como sustentável até 2015.

O Greenpeace divulgou um vídeo que compara o chocolate da Nestlé com o dedo de um orangotando. Para ver o vídeo, clique aqui.

Sete dicas para economizar água

Por Carol Ribeiro . 31.03.10 - 12h49

Feche a torneira, esse é o ponto. Impossível economizar água com a torneira aberta, certo? Eu sei, você tem que lavar a louça, escovar os dentes, lavar as mãos e toda essa questão de higiene pertinente aos trópicos. OK. Se não consegue fechar a torneira pelo menos tente diminuir sua vazão. Como assim? Feche o registro e reduza a pressão. Acha radical? Eu acho razoável.

Vou te contar um segredo: a água não nasce na torneira. Existe um longo percurso entre a chuva e o hidrômetro, e posso garantir: é você quem paga por isso. Para os dentes, use a técnica do copinho: 300 ml são suficientes para manter a boca limpa. Se não quer ter tanto trabalho, pelo menos feche a torneira durante a escovação. Este texto já está batido e não dá pra ficar repetindo sempre a mesma coisa, vamos combinar?

Para lavar as mãos a mesma coisa: ensaboe com a torneira fechada, ou ainda, dependendo da situação, deixe um pote com água limpa pelo meio e reúse algumas vezes, não faz mal a ninguém; depois, jogue a água no jardim. Ao lavar a louça ensaboe tudo primeiro, use um pouco de água quente. Seja inteligente, faça a diferença.

Conserte os vazamentos
Troque a borrachinha, chame o zelador, faça alguma coisa. O que não dá é pra ficar com esse pinga pinga, esse chove não molha. Se liga. Se você não é capaz de bancar o encanador e aproveitar seus músculos e seus miolos para dar um ponto final nessa estória. Se não é capaz de um “faça você mesmo” sozinho, pague um profissional e dê fim aos vazamentos. Prometa.

Enquanto isso vamos esperar que os órgãos competentes também o façam, eu tenho certeza que o Brasil é penta campeão em vazamento de água tratada. Gol contra!

E você? Conserte a maldita válvula hidra que já deveria estar banida, livre seu condomínio deste desperdício. Se todos colaboram todos ganham. A união faz muito mais que açúcar. Vê se não amolece e tome tento. Água que vaza, vida que atrasa. Comprometa-se com o futuro.

Encurte o banho
Tenho lá minhas teorias indígenas e, diferente de qualquer europeu, não dispenso o banho diário. Amo a água farta de meus antepassados. Sei que é o pouco que me resta de um contato mais íntimo com a natureza, água que sou. Mas também prezo o sol, a lua, as estrelas, um banho de ervas, um banho de chuva.

Como economizar? Simples. Divida seu banho em três partes: primeiro molhe a cabeça, os cabelos, o corpo. Deixe a água escorrer um pouco, aproveite para passar o xampu e desligue o chuveiro. Desligue mesmo, não minta pra você. Com o chuveiro fechado termine de lavar os cabelos (não se esqueça de usar uma quantidade pequena de shampoo pra contaminar menos o planeta). Ligue a água novamente e enxague a farta cabeleira, desligue. Com sua esponja favorita, ensaboe o corpo calmamente, lave bem as partes, fique cheirosinho, cheirosinha, igual um Gianecchini na novela, todo ensaboado.

Depois, finalmente a etapa derradeira do enxague. Deixe a água rolar sobre seu corpo, varrendo a sujeira, a fuligem, o suor, a poeira, enquanto pode agradecer o fato de ter nascido brasileiro e viver longe do sertão. Se percebermos os desertos do mundo valorizaremos mais a abundância local. Quem valoriza não desperdiça!

Reúse e abuse
A água que sai da lavadora de roupas pode e deve ser reutilizada para lavar pisos, banheiros, cozinha, quintal, cocô de cachorro etc, etc,etc. Tenha criatividade. Eu lavo as roupas sujas com a água limpa do enxague, e não tenho problemas com isso. Aproveito para fazer musculação carregando uns baldes. Tenho orgulho de guardar a água e reusar, sou feliz por ter aprendido com quantos baldes se faz uma caixa d’água. Sou feliz porque sei onde nasce a água e o caminho que ela percorre até minha sede. Se soubesse tudo o que sei antes, antes faria tudo o que faço hoje. Contribuo. Economizo.

Calçadas
Nunca lave as calçadas com água potável. Por mim, a partir de ontem, empurrar folhas com a pressão da água seria crime inafiançavel, sujeito à pena de morte por afogamento no mar. Que que é isso? Lavar calçada com água tratada? Tá louco!

Se não consegue se livrar dessa mania de limpeza e tem porque tem que deixar a frente da casa livre das folhas das árvores, se isso te incomoda tanto, use a cabeça e a vassoura. Água, jamais!

Um dia o cobrador vai lhe avisar que água passou a custar vinte vezes mais caro. Quero saber quanto você estará disposto a pagar por este ato inadequado. Vai mesmo pagar pra ver? A fatura pode chegar para os seus netos. Felizmente há quem prefira manter a consciência limpa e as flores na calçada.

Lava-carro
Bem, aqui temos dois problemas: o carro e o dono. Diria radicalmente que você deveria se livrar logo do carro, isso sim é desapego e economia, mas se você pensa que não vai viver sem carro como os seus antepassados, pelo menos respeite as próximas gerações e não passe o domingo com a mangueira em punho, na frente da sua casa, vestindo seu traje mais tosco, lavando sua máquina com água de beber.

A água potável é um bem sagrado, e deve ser consumida com parcimônia por necessidade. Água tratada custa caro e a sarjeta certamente não é seu melhor destino.

Mas, se você não consegue ficar sem lavar o carro em sua exibição dominical, reúse a água servida; use baldinho, buchinha, paninho. Dez litros. Você vai fazer sucesso e ficar bem na fita.

Amarre a mangueira
Mesmo para regar o jardim podemos impor algumas regras, e olha que neste item peco, porque, para mim, as plantas vem em primeiro lugar. Mesmo assim prefiro regar no comecinho da noite ou antes do sol sair completamente. Regas com o dia ainda quente evaporam mais água e são bem menos eficientes.

Existem países onde o uso da água em ambientes externos durante o dia é punido com multas pesadas. Existem países onde falta água potável para o ser humano beber.

Agradeço novamente por viver neste país tropical sobre o aquífero Guarani. Apenas não me iludo, sei que não vão inventar mais água no planeta, e que o que temos é tudo o que temos: mares, geleiras, nuvens e chuvas, é assim toda a nossa água.

Ponha a mão na massa! Aproveite esse tempo para refletir se vale a pena “lavar as mãos” e deixar tudo como está, ou se é melhor aprender com a água a desviar dos obstáculos. Procure não ser cabeça dura, economize já o que já não era sem tempo. Água pura é coisa rara: use com moderação.

terça-feira, 30 de março de 2010


Pressão de fabricantes dificulta banimento do amianto

Data: 30/03/2010 / Fonte: Correio Braziliense


Recluso em um sítio na cidade de Ibiúna, interior de São Paulo, o ex-funcionário da construção civil Doracy Maggion precisa de pelo menos seis pausas para vencer 50 lances de escada. O ar que falta nos pulmões do aposentado, de 72 anos, se deve à abestose, doença provocada exclusivamente pela intensa exposição ao amianto durante 20 anos. Proibida em mais de 50 países, a fibra mineral é utilizada em materiais de construção de casas populares, pelo baixo custo, mas carrega a preocupante estatística de provocar a morte de 100 mil pessoas em todo o mundo, a cada ano, segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Responsável por movimentar um mercado de quase R$ 3 bilhões, o mineral terá o banimento votado pela Comissão de Meio Ambiente da Câmara nas próximas semanas. A votação terá a presença de vários trabalhadores expostos ao amianto, agora doentes. "Hoje vou visitar meus antigos companheiros e estão todos grudados em balões de oxigênio. Sei que meu fim será o mesmo e já tenho um balão reservado para pôr fim aos meus dias", sentencia Doracy.

O banimento do amianto foi sugerido pelo grupo de trabalho que pesquisa o produto há três anos na Câmara. O relatório final do estudo, de 650 páginas, foi concluído na semana passada pelo relator, o deputado federal Édson Duarte (PV-BA). O documento reúne entrevistas, visitas presenciais a minas desativadas e em exploração, e análise da situação dos antigos trabalhadores expostos ao material. Com a morte sentenciada pela fibra mineral, os antigos trabalhadores do amianto planejam vir a Brasília pressionar para que o relatório seja aprovado. Encontrarão no lado oposto da mesa o forte lobby de empresas que sobrevivem da extração e comercialização do mineral.

Trechos do relatório do deputado Edson Duarte:
De acordo com o relatório, não há níveis toleráveis para exposição ao amianto e, por questões de saúde pública, o Brasil deveria seguir o mesmo caminho já adotado por Argentina, Uruguai, Chile e todos os países da União Europeia: banir a extração e comercialização do mineral no país. A medida, embasada pelo sofrimento de milhares de pessoas, encontra forte resistêntica pelo impacto econômico. A sua substituição por outros materiais, como o polietileno, aumentariam o preço total da construção civil em, aproximadamente, 30%.

Quem defende o material alerta para o impacto negativo à balança comercial, que bateria nos US$ 180 milhões ao ano. Ainda, cerca de 170 mil pessoas sobrevivem da cadeia produtiva do material no Brasil. A polêmica, que opõe saúde pública à economia, divide a Esplanada. Os ministérios de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Relações Exteriores, e Minas e Energia apoiam o uso controlado do amianto. Os ministérios do Meio Ambiente, Trabalho e Emprego, e Saúde são favoráveis ao banimento.


Justiça

As consequências para a saúde dos expostos ao amianto são devastadoras. O período de latência para que as doenças apareçam são o maior entrave para o diagnóstico. Em geral, os primeiros sintomas são notados até 50 anos após a exposição. Em alguns casos, o desenvolvimento das doenças provoca a morte em, no máximo, dois anos. "O amianto é o agente ocupacional que se relaciona, individualmente, com o maior número de mortes e casos de doenças no mundo inteiro. É o agente que mais casos de óbito gerou até hoje, individualmente", afirma o pneumologista da Fundacentro, Eduardo Algranti.

Dos trabalhadores brasileiros expostos ao amianto, a maioria manipulou o produto durante a década de 70, quando a exploração foi mais intensa, em cidades do interior de São Paulo, Bahia, Minas Gerais e Alagoas. Nesses locais, há um rastro de pessoas vitimadas por doenças relacionadas ao produto, sem qualquer assistência dos antigos empregadores. O descaso incentivou a criação da Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto (Abrea), com sede em Osasco (SP), em 1995. "Houve uma carnificina dos funcionários expostos ao amianto. De 1,2 mil expostos ao amianto que conseguimos reunir, somente em Osasco, 65% tinham patologias relacionadas à fibra, sem contar a ocorrência indireta, nas mulheres e filhos desses trabalhadores", denuncia a auditora fiscal do Ministério do Trabalho, Fernanda Giannasi.

Aos trabalhadores doentes, antigas empresas que trabalhavam com o amianto ofereceram acordos que variavam com a gravidade da doença. O maior valor chegava a R$ 15 mil. O negócio, porém, impossibilitava cobranças judiciais futuras. Cerca de 3 mil acordos extrajudiciais foram firmados, somente por duas empresas, Brasilit e Eternit. Antigas parceiras comerciais na exploração do amianto, as duas empresas disputam a primazia do mercado de coberturas e caixas d´água, sendo que a Brasilit abandonou a utilização da fibra mineral. A Eternit jura que consegue extrair e manipular o produto com segurança, a partir do uso controlado. "Fazemos o monitoramento permanente da qualidade do ar, temos todo um aparato de segurança para que o ambiente de trabalho seja seguro. Desde meados da década de 80 não temos registros de doença entre os nossos trabalhadores", defende o presidente do grupo Eternit, Élio Matins. Pesquisas apresentadas pela empresa para defender a tese do uso controlado ainda não foram concluídas e sofreram críticas por terem sido financiadas por empresas que exploram o produto.

Longo caminho

Segundo a Eternit, por trás do banimento do amianto estaria a disputa comercial pelo domínio do setor. Dos quatro estados que já aboliram o amianto (Rio de Janeiro, São Paulo Pernambuco e Rio Grande do Sul), três têm fábricas da Brasilit. Sem o amianto, a Brasilit dominaria o mercado, já que é a única a produzir com fibra sintética no país. A empresa nega o lobby pelo banimento e diz que o amianto foi abandonado por uma questão de política global.

Mesmo que a votação do relatório do grupo de trabalho sobre o amianto confirme a tese do banimento, a questão ainda precisará percorrer um longo caminho dentro do Congresso Nacional. Atualmente, 11 projetos sugerem a proibição do amianto. Reunidos em um único texto, teriam de ser aprovados na Câmara e no Senado, antes de passar pela sanção do presidente da República.

Liberado com ressalvas

Fibra mineral utilizada na fabricação de coberturas, telhas, caixas d’água e até freios automotivos. O Brasil é o terceiro maior produtor de amianto do mundo, atrás apenas do Canadá e do Cazaquistão. Divide-se em dois grupos: anfibólio e crisotila. O primeiro é o mais danoso ao organismo e foi proibido no Brasil. O segundo teve o uso liberado, mas sob índices de segurança.

Atualmente, o amianto tipo crisotila é extraído no Brasil apenas em Minaçu, cidade do interior goiano na divisa com Tocantins, a 500km de Goiânia. De propriedade da fabricante de caixas d´água e coberturas de fibrocimento Eternit, é a maior mina da América Latina e a terceira maior do mundo. Tem medidas impactantes, com 2,7 quilômetros de extensão, 1 quilômetro de largura e profundidade de 130 metros.

Sua pujança é responsável por cerca de 80% dos tributos pagos a Minaçu. De acordo com a empresa responsável pela mina, o sistema atual de extração é seguro e permite a inalação do pó de amianto em níveis toleráveis para o organismo.

Doenças associadas ao amianto

- Abestose ou fibrose pulmonar: surge 10 anos depois da exposição à fibra mineral
- Câncer de pulmão: surge 25 anos após a exposição
- Mesotelioma de pleura: fatal em até dois anos e aparece até cinco décadas depois do primeiro contato com a fibra.
- Outras ocorrências: Doenças pleurais, câncer de laringe, dos órgãos do aparelho digestivo, reprodutivo e de defesa do organismo


Na china, 153 trabalhadores ficam presos em mina de carvão


Data: 30/03/2010 / Fonte: Zero Hora


China - Ao menos 153 trabalhadores ficaram presos em uma mina de carvão ao norte da China, depois que o local foi atingido por uma inundação. Cerca de 261 pessoas estavam na mina estatal de Wangjialing quando a inundação começou, no domingo, e 108 pessoas conseguiram escapar.

Equipes de resgate foram enviadas ao local, 650 quilômetros a sudoeste da capital chinesa, Pequim, para salvar os mineradores. O tempo necessário para resgatar os trabalhadores com vida depende das condições existentes no interior da mina. Caso haja circulação de ar no local, eles poderão sobreviver diversos dias. Até o início da noite de ontem, não havia comunicação possível com os mineiros presos.

Cerca de mil pessoas se revezavam nos trabalhos de resgate durante todo o dia de ontem, em turnos, para retirar a água e evitar que os mineiros morram afogados. Ninguém sabia ao certo se havia sobreviventes na mina, alguns deles situados um quilômetro abaixo da terra.

O acidente pode ser um dos piores desastres em minas na China nos últimos anos - isso só poderá ser avaliado quando os resgates forem efetivados, segundo a Administração Estatal da China de Segurança no Trabalho, que informou: alguns dos 108 mineiros sobreviventes conseguiram escapar sozinhos no momento da inundação, e outros foram resgatados depois. A mina de carvão fica na província de Shanxi, entre as cidades de Xiangning e Hejin.

segunda-feira, 29 de março de 2010


Estresse no ambiente de trabalho pode causar diabetes


Data: 25/03/2010 / Fonte: Caderno Donna ZH, com informações do British Medical Journal

Ilustração: Gabriel Renner/Revista Proteção

O estresse experimentado por pessoas em decorrência do seu trabalho pode aumentar o risco de doenças no coração e até diabetes. Segundo novo estudo publicado na revista científica British Medical Journal, é possível observar a relação entre o processo biológico e problema no ambiente laboral.

Mais de 10 mil trabalhadores com idades entre 35 e 55 anos foram acompanhados durante 14 anos para a coleta de dados. Nesse período, os pesquisadores avaliaram os fatores ligados à síndrome metabólica, tais como obesidade, pressão alta e níveis de colesterol. Também foram levados em conta eventuais hábitos comprovamente danosos à saúde, como fumo, sedentarismo e bebida alcólica.

O estudo relata que homens com estresse crônico decorrente do emprego eram duas vezes mais propensos a desenvolver a síndrome em comparação com pessoas que não sofriam esse mesmo estresse. Nas mulheres o número de ocorrências não foi tão alto.

Em adição aos resultados sobre a saúde masculina, foi comprovado que os homens também tinham outros mais hábitos associados ao estresse, como dietas pobres em elementos necessários, além de tabagismo, álcool e outras drogas. Uma das explicações dadas no estudo é que a exposição contínua ao estresse no trabalho pode afetar o sistema nervoso.


Livro mostra como ruído está inserido no dia–a–dia das profissões

Data: 24/03/2010 / Fonte: Estadão


A exposição prolongada a ruídos acima de 85 decibéis (dB) é um dos fatores que podem levar à deficiência auditiva. Ao lado da colega Thais Morata, a fonoaudióloga Fernanda Zucki reuniu no livro Saúde Auditiva - Avaliação de Riscos e Prevenção estudos que mostram como o ruído está inserido no dia a dia das profissões. Os textos falam ainda sobre como prevenir os danos, que, embora demorem até 15 anos para se tornarem perceptíveis, são definitivos.

Quais os profissionais mais expostos ao excesso de barulho?
Há trabalhadores que já contam com o amparo legal, como os das indústrias. Eles recebem acompanhamento periódico das equipes de segurança no trabalho. Mas muitos outros também convivem com barulho sem acompanhamento ou cuidado preventivo, como garçons, dentistas, professores de academias de ginástica e de sala de aula, cabeleireiros e músicos, entre outros.

O que essas pessoas podem fazer para prevenir problemas?
Um tratamento acústico adequado no ambiente de trabalho pode evitar que o som reverbere e agrave o problema. Um operador de telemarketing, por exemplo, deve sempre alternar o lado em que fala ao telefone. Mas, o primeiro passo, é conhecer mais sobre o assunto, saber quais são os sinais de que se está vivendo em um ambiente muito barulhento e se é o caso de buscar acompanhamento profissional. Muita gente está tão acostumada com o ruído que nem percebe quando ele está presente.

Quais os efeitos auditivos e não auditivos do excesso de ruído?
Os não auditivos são irritação, estresse, dor de cabeça, dificuldade de concentração, falta de apetite, alteração na pressão sanguínea, taquicardia e até impotência. Muitas vezes, a gente atribui esses sintomas ao excesso de trabalho. Já os sinais de dano auditivo são zumbido frequente no ouvido, sensação de que a audição está ficando abafada, necessidade de aumentar o volume da TV e de pedir que as pessoas repitam sempre o que dizem.

No livro você fala de outros agentes prejudiciais à audição. Quais são eles?
Os principais são produtos químicos como solventes e medicamentos fortes, como quimioterápicos. Eles causam danos às células auditivas e aceleram o estrago causado pelo ruído.

Há um tempo seguro de exposição ao barulho?
O ouvido humano é capaz de suportar em média até 85 decibéis por um período de oito horas. Passado isso, a cada 5 decibéis é preciso diminuir pela metade o tempo de exposição.

sábado, 27 de março de 2010


Curso de Brigada de Incêndio











IMAGEM DA SEMANA


VAMOS APAGAR AS LUZES NESTE SÁBADO



Hora do Planeta

Milhões de pessoas no mundo todo devem apagar as luzes do local onde estiverem neste sábado, 27, para participar da "Hora do Planeta", movimento organizado pelo Fundo Mundial para a Natureza (WWF). A mobilização está marcada para acontecer entre 20h30 e 21h30 nos fusos horários de cada país. O evento foi criado para sensibilizar a opinião pública sobre o consumo exagerado de eletricidade e a emissão excessiva de dióxido de carbono e suas consequências para o aquecimento global. Leia mais

sexta-feira, 26 de março de 2010


Operários desafiam o perigo na reconstrução de Word Trade Center









































O terror transformou as torres em escombros em 2001. Agora, o novo
World Trade Center (WTC) começa a ganhar formas. Um flagrante da agência Associated Press mostrou que os operários gostam de desafiar o perigo no coração de Nova York. Eles foram vistos andando sobre vigas de metal nas alturas sem o cabo de segurança, revivendo cenas de 1932, quando o Rockefeller Centre, também na Big Apple, foi construído (na foto abaixo, operários fazem pausa para um lanche quase nas nuvens). O novo WTC deverá ficar pronto em 2013.



quinta-feira, 25 de março de 2010

Projeto Farmácia Viva produz remédios naturais

Desenvolvido pela Universidade Federal do Ceará,

o Projeto Farmácia Viva pesquisa plantas usadas pela população para curar doenças simples, como gripe. Aquelas que têm seus efeitos comprovados cientificamente viram remédios naturais e são distribuídas à população, gratuitamente

Esse é o nome de um projeto sensacional desenvolvido pela Universidade Federal do Ceará. Funciona assim: seu laboratório de pesquisas recolhe entre a população a indicação das plantas usadas popularmente para gripes, inflamações, problemas de digestão, circulação ou de pele, além de muitos outros desequilíbrios da saúde, e as estudam durante dez anos, para comprovação científica de seus efeitos. Depois orientam as comunidades interessadas em plantá-las e, num estágio posterior, um pequeno laboratório as transforma em cápsulas, xaropes, pomadas e tinturas.

Os remédios naturais são distribuídos gratuitamente no posto de saúde. "Em 30 anos, já estudamos o efeito de 25 plantas, mas faltam 780", diz Francisca Cavalcanti, a engenheira agrônoma responsável. Os remédios do projeto não são vendidos, mas esse pode ser um dos planos da universidade para 2010. Mais informações no e-mail de Francisca: fscavalc@ufc.br.


Tribunal Superior do Trabalho suspende multa aplicada à Vale

: 24/03/2010 / Fonte: Valor Econômico



O Tribunal Superior do Trabalho (TST) suspendeu, na sexta-feira, parte de uma sentença da primeira instância da Justiça do Trabalho do Pará que, se mantida, poderia obrigar a Vale a desembolsar R$ 100 mil por dia por cada um de seus dois mil trabalhadores na Serra dos Carajás.

O valor refere-se à multa aplicada pelo juiz caso a companhia não cumpra a decisão que a condenou a incluir as horas gastas por seus funcionários com o deslocamento entre a portaria de Parauapebas (que divide a cidade da serra) e as minas que explora em suas jornadas de trabalho.

Caso não tivesse sido derrubada, a sanção, que conforme a sentença deveria ser aplicada desde sua publicação, em 12 de março, hoje já somaria R$ 2,6 bilhões.

No caso da Odebrecht, uma das 42 empresas terceirizadas da Vale nas minas de Carajás que responde ao mesmo processo na Justiça, a multa aplicada - de R$ 10 mil ao dia por cada um dos 1.300 trabalhadores - hoje estaria em R$ 169 milhões.

O cerne da disputa que opõe empresas e trabalhadores no Pará é a chamada hora "in itinere", nome jurídico dado ao tempo de deslocamento de um trabalhador até seu local de trabalho em condução fornecida pelo empregador.

Para as cerca de 20 mil pessoas que trabalham nas minas da Vale em Carajás, a hora "intina", como costumam dizer, pode significar um acréscimo de 30% em suas jornadas de trabalho, no caso da mina N4, principal ponto de extração em atividade hoje.

Esse foi o motivo que já levou 25 mil trabalhadores à Justiça de Parauapebas nos últimos três anos - as duas varas trabalhistas do município de 20 mil habitantes praticamente só julgam casos de acréscimo de jornadas por conta do transporte providenciado pela Vale para seus funcionários e os de suas terceirizadas.

Em função do ingresso de oito mil ações a cada ano com o mesmo pedido, o Ministério Público do Trabalho ingressou na Justiça com uma ação civil pública para garantir o direito às horas percorridas entre as cidades e as minas a todos os seus trabalhadores.

O processo começou a tramitar em 2008 na 1ª Vara de Parauapebas e em 12 de março foi publicada a sentença, que condenou a Vale e suas 42 terceirizadas a regularizar a situação dos funcionários, sob pena de aplicação das multas diárias agora suspensas pelo TST, e a pagar os valores devidos em salários, contribuições previdenciárias, FGTS e demais encargos retroativos ao início do contrato de cada um deles.

A sentença do juiz Jônatas dos Santos Andrade ainda condena a Vale a desembolsar R$ 200 milhões por dumping social - referente à economia de custos que a empresa teria registrado ao não computar as horas "in itinere" - e ao pagamento de R$ 100 milhões por danos morais coletivos.

Praticamente todas as empresas já recorreram da sentença com embargos de declaração - recursos por meio dos quais pedem ao juiz que esclareça algum ponto das 198 páginas da decisão. A Odebrecht foi ao TST pedir que o corregedor-geral da Justiça trabalhista, ministro Carlos Alberto Reis de Paula, suspendesse a aplicação da multa por descumprimento da sentença, o que foi feito na sexta-feira.

Procurada pelo Valor, a empresa informou, em nota, que "observa fielmente a legislação trabalhista e garante aos seus empregados e colaboradores todas as condições para o exercício de suas atividades, realizando inclusive, quando o caso, o pagamento das horas `in itinere` aos seus empregados".

A Vale, que no passado já recorreu ao TST para suspender decisões que determinaram o bloqueio de suas contas bancárias em ações individuais, ingressou também com embargos de declaração para contestar a decisão do juiz que estabeleceu custas processuais de R$ 6 milhões para que possa recorrer da sentença.

A empresa informa que, no acordo coletivo negociado com os trabalhadores, o transporte é um dos pontos incluídos, já que não existe transporte municipal até as minas - e que, portanto, a decisão contraria o acordado entre as partes, que não poderia ser contestado por meio de uma ação civil pública. A companhia informa ainda que recorrerá da sentença ao tribunal regional, ao TST e até mesmo ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A disputa em torno das horas "in itinere" é antiga e já conta com uma súmula do TST. De acordo com a Súmula nº 10 do tribunal superior, "o tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo empregador, até o local de difícil acesso, ou não servido por transporte público regular, e para o seu retorno, é computável na jornada de trabalho".

"O tema é pacificado, o direito à inclusão das horas é evidente, pois significa estar à disposição da empresa", diz o especialista em ações civis públicas Roberto de Figueiredo Caldas, para quem o caso é a maior ação coletiva trabalhista que se tem notícia no Brasil.


Estudo relaciona terceirização com mortes no setor elétrico


Data: 25/03/2010 / Fonte: Redação Revista Proteção

Foto: ASCOM da Sindieletro-MG


Belo Horizonte/MG - Foi divulgado hoje (25) em Belo Horizonte um estudo elaborado pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) que aponta que mais da metade da força de trabalho do setor elétrico do país é terceirizada, sendo quatro vezes e meia maior a incidência de mortes entre terceirizados em relação aos trabalhadores próprios. O relatório "Terceirização e morte no trabalho: um olhar sobre o setor elétrico brasileiro" tomou como base os dados da Fundação Coge, entidade que reúne 64 empresas responsáveis por 90% da energia produzida no país. A apresentação ocorreu às 10 horas na sede do Sindieletro-MG (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Energia Hidro-elétrica de Minas Gerais).

Resultados

Segundo a pesquisa do DIEESE, o nível de terceirização no setor elétrico brasileiro em 2008 estava na casa de 58,3%. Quando analisadas apenas as distribuidoras, o contingente de trabalhadores terceirizados foi superior, na casa dos 59,9%, enquanto que em empresas que desempenhavam atividades de geração, transmissão e outras, o índice de terceirização foi mais baixo (52,6%). As regiões Nordeste e Sul revelaram, respectivamente, o maior e o menor nível de terceirização. O alto índice no Nordeste é resultado do fato de distribuidoras da região possuírem mais de 70% da força de trabalho terceirizada. Por sua vez, o Sul é a única região que apresentou um número de trabalhadores próprios superior ao de terceirizados. Verificou-se ainda que, em geral, nas empresas com controle público, o nível de terceirização é inferior ao das empresas com controle privado: respectivamente de 50,2% nas públicas e de 64,7% nas privadas.

Taxa de mortalidade

Em 2008, a taxa de mortalidade no setor elétrico foi de 32,9 mortes por grupo de 100 mil trabalhadores. Nos três anos analisados, os dados demonstram taxas de mortalidade substancialmente mais elevadas para o segmento terceirizado. A taxa ficou em 47,5 para os terceirizados contra 14,8 para os trabalhadores do quadro próprio das empresas.


Para conferir mais detalhes do estudo, clique aqui.

terça-feira, 23 de março de 2010


Raios de luz revelam se indústria está poluindo demais


Um equipamento portátil posicionado no solo e que emite pulsos de luz pode revolucionar o controle dos poluentes emitidos pelas chaminés das indústrias.
É em um equipamento assim que os pesquisadores do Projeto Lidar, do Centro de Capacitação e Pesquisa em Meio Ambiente (Cepema) da USP, estão trabalhando.

LIDAR
A técnica do Lidar (sigla para o termo em inglês Light Detection And Ranging) é similar à do radar. O radar baseia-se na emissão de ondas de rádio e detecção das ondas que retornam de um objeto. Dependendo do comprimento e da intensidade das ondas refletidas - e recebidas por um sensor -, pode-se calcular a distância de um objeto, seu tamanho, velocidade, entre outras variáveis.
No Lidar, é feito um processo semelhante, mas com a emissão de pulsos de luz por um laser. Até então, essa técnica, criada há décadas, só era usada para mapear o ar da atmosfera, incluindo o monitoramento das mudanças climáticas, analisando a concentração de compostos gasosos e partículas.
O projeto do Cepema inaugura um novo uso para o Lidar - o sensoriamento remoto a laser - que pode tornar mais fácil e barato o monitoramento das emissões em processos industriais.

Sensores para medir poluição
Hoje, as indústrias usam sensores caros e específicos para medir a composição dos gases liberados pelas chaminés. Como, muitas vezes, os gases são quentes e as chaminés são altas e de difícil acesso, a instalação e manutenção desses medidores é complicada e onerosa.
Com o Lidar não é necessário subir até o topo da chaminé nem fazer a calibração do equipamento, uma vez que ele é instalado em locais de fácil acesso e direcionado ao ponto almejado, o que possibilita o monitoramento a distância.
Mesmo em um ambiente úmido e com névoa, como é a região de Cubatão (SP), onde o Lidar está sendo testado, o equipamento consegue obter resultados em tempo real a distâncias de cerca de 500 metros ou mais.

Monitoramento de gases
A pesquisa do Cepema desenvolve métodos de análises específicos e confiáveis para monitorar gases como CO (monóxido de carbono), hidrocarbonetos, SO2 (dióxido de enxofre) e NOx (óxidos de nitrogênio), além de partículas poluentes. A próxima etapa do estudo visa aplicar a técnica para medir a distribuição de tamanhos do material particulado expelido pelas chaminés.
De acordo com o professor Roberto Guardani, responsável pela pesquisa, a técnica poderá ser usada tanto pelos órgãos fiscalizadores quanto pelas próprias indústrias.
"A indústria pode usar como instrumento de controle de processo", afirma. Ele explica que "todo processo industrial possui parâmetros técnicos que permitem prever a taxa de emissão de poluentes". Por isso, os engenheiros especializados sabem a quantidade regular de componentes emitidos em cada etapa de produção.
Com o uso do Lidar, será possível detectar e corrigir falhas operacionais antes que isso cause prejuízos ambientais e financeiros. Os pesquisadores pretendem quantificar o que sai das chaminés para que, daqui a algum tempo, o controle de qualidade do ar e da produção sejam mais ágeis. Isso deverá causar menos gastos para a indústria e menos poluição à atmosfera.

Como o LIDAR funciona
Uma fonte de laser emite um raio de luz pulsado, dirigido para o ambiente que se deseja estudar. O feixe de luz refletido tem características diferentes para cada tipo de partícula ou molécula.
A partir da detecção e da análise desse feixe refletido é possível identificar os compostos e calcular sua concentração.
As primeiras medições aconteceram entre outubro e dezembro. A cada dois ou três meses, o grupo pretende fazer novos experimentos e ajustes aos programas de leitura dos raios refletidos. Os pesquisadores estão trabalhando com os resultados dessa primeira medição para aperfeiçoar as leituras seguintes.
O Projeto Lidar é interdisciplinar, integrando químicos, engenheiros químicos, físicos e meteorologistas, envolvendo, além da USP, pesquisadores do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Fonte: Aura Lopes - Agência USP - 05/02/2010
Operação interdita 64 toneladas de amianto no interior paulista

Data: 23/03/2010 / Fonte: ASCOM PRT–15

Sessenta e quatro toneladas de amianto interditadas e a fabricação de produtos que utilizam este componente proibida. Esse foi o saldo da diligência conjunta do Ministério Público do Trabalho (MPT) e Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), realizada na última sexta-feira, 19, na empresa Infibra, uma das maiores fabricantes de produtos com base em amianto do interior de São Paulo, localizada na cidade de Leme.

A fiscalização do trabalho, que contou com a participação do procurador Claude Henri Appy, flagrou, no pátio da Infibra, dois caminhões carregados de amianto, vindos diretamente da mineradora SAMA, do estado de Goiás. Os funcionários da transportadora São Expedito, responsável pelo transporte da substância, foram impedidos de desembarcar a carga.

Escoltados pela Polícia Rodoviária Estadual até a fronteira com Minas Gerais, os veículos carregados de amianto tiveram que deixar o estado de São Paulo, retornando a carga à fornecedora da Infibra. A empresa, desde 24 de setembro de 2009, sofreu interdição quanto ao recebimento de amianto, considerada uma substância cancerígena.

"A empresa desrespeitou a lei estadual que proíbe o uso de amianto no âmbito do estado de São Paulo, o que ensejou a interdição por parte dos auditores fiscais, já que a lei federal exige que aquelas empresas que se utilizam do amianto como matéria-prima sejam devidamente cadastradas no MTE, e o cadastro da Infibra foi cancelado", explica o procurador.

Além de impedir o recebimento do amianto, a fiscalização interditou a linha de produção de telhas fabricadas com base no mineral, já que é mundialmente reconhecido que não há níveis seguros de uso deste produto.

Na operação realizada nesta sexta-feira, ficou comprovado, por meio de notas fiscais, que a Infibra descumpriu a ordem administrativa emitida pelo MTE naquele período, e continuou a comprar a fibra mineral. Os fiscais aplicaram multa administrativa pela infração. Os responsáveis pela fábrica poderão responder pelo crime de desobediência.

O MPT instaurou inquérito para investigar a empresa em fevereiro desse ano, após uma série de evidências que demonstraram possíveis irregularidades no meio ambiente de trabalho, todas envolvendo o uso e transporte do amianto.

No escritório da Infibra, foi proposta a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Os representantes da empresa, incluindo seu presidente, se negaram a firmar o acordo, com a justificativa de que membros da diretoria estariam em viagem.

"Segundo o parágrafo 6º do artigo 161 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), a Infibra deve garantir o pagamento salarial de todos os trabalhadores enquanto durar a interdição pelo MTE", finaliza o procurador.


No Dia Mundial da Água especialistas alertam para crise do recurso natural

segunda-feira, 22 de março de 2010


Uso de redes de proteção por bombeiros pode ser obrigatório

Data: 22/03/2010 / Fonte: Agência Senado


Brasília
- O uso de redes de proteção poderá passar a ser obrigatório em todas as operações de salvamento realizadas pelas unidades do Corpo de Bombeiro Militar a uma altura que ofereça risco a seus quadros e às vítimas socorridas. A medida consta de projeto em análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), que se reúne na quarta-feira, 24.

Na justificação do projeto (PLC 69/2009), o autor, deputado Luciano Castro (PR-RR), argumenta que as unidades do Corpo de Bombeiros não dispõem desse equipamento, deixando a segurança pessoal de militares e vítimas exclusivamente por conta "da capacidade e da agilidade física dos bombeiros".

Ele argumenta que, em ações realizadas a uma altura cuja queda seja fatal para o trabalhador, é evidente a responsabilidade do empregador no fornecimento de redes como equipamento de proteção. No entanto, afirma o deputado, "o Estado empregador tem, até o momento, se eximido dessa obrigação em relação aos seus servidores nos corpos de bombeiros".

Favorável ao projeto, o relator, senador João Pedro (PT-AM), ressalta que a obrigatoriedade de fornecimento e uso das redes de proteção é uma medida "de grande alcance humanitário, por visar à proteção de uma categoria de trabalhadores que operam em situação de alto risco".

Manual aborda prevenção de acidentes com perfurocortantes

Data: 29/03/2010 / Fonte: ASCOM Fundacentro


Os trabalhadores da área da saúde estão sujeitos a diversos riscos de acidentes no exercício de sua profissão, que podem afetar não somente o profissional, como também aqueles que se encontram recebendo assistência médica nestes locais.

Dentre os acidentes, aqueles causados por objetos perfurocortantes causam não só ferimentos, mas também o risco da transmissão de vírus como hepatite B e C e HIV. Diante do fato, o impacto na vida do trabalhador acidentado é de grande proporção.

Sendo assim, o "Manual de Implementação - Programa de Prevenção de Acidentes com Materiais Perfurocortantes em Serviços de Saúde" que foi traduzido e adaptado do Centers for Disease Control and Prevention, vem para atender a demanda destes profissionais, de forma a auxiliar na elaboração, implementação e avaliação de um programa preventivo efetivo e eficaz.

Este manual também serve de subsídio técnico para que os serviços de saúde atendam as exigências legais relacionadas à saúde do trabalhador, especialmente as definidas pela NR-32, do Ministério do Trabalho e Emprego.

O manual é resultado de uma parceria da Fundacentro com a organização Risco Biológico e encontra-se disponível para download no portal da Fundacentro e no site www.riscobiologico.org


Seguradora é condenada a pagar mais de meio milhão à aposentada por LER

Data: 19/03/2010 / Fonte: TJDFT


O juiz da 4ª Vara Cível de Brasília condenou a Companhia de Seguros Aliança do Brasil a pagar mais de meio milhão de reais a uma titular de dois seguros de vida e acidentes pessoais. No entendimento do juiz, é inequívoco o acidente pessoal que vitimou a autora, caracterizado pela doença do trabalho (DORT/LER), com repercussões intensas e sem possibilidade de recuperação cirúrgica. "Nesse caso, a autora faz jus ao recebimento do valor citado pela seguradora em contestação", assegurou.

Segundo o processo, os contratos de seguros celebrados pela autora lhe garantiriam o pagamento de R$ 81.815,65 e mais R$ 438.356,92, totalizando o valor de R$ 520.172,57. Assegura a autora que adquiriu DORT/LER no trabalho, caracterizando-se tal enfermidade como acidente de trabalho, conforme a Lei nº 8213/91, tendo sido aposentada por invalidez pelo Tribunal de Contas do Tocantins já que está totalmente incapacitada. Por esse motivo, afirma ter direito de receber a integralidade dos dois contratos de seguro.

Na defesa, a companhia de seguro afirma que o caso se trata de seguro de vida e acidentes pessoais, cuja cobertura se dá por morte natural, acidental, invalidez permanente total ou parcial por acidente e uma antecipação de 100%, caso o segurado venha a ser portador de doença terminal.

No mérito, a seguradora sustenta a inexistência de cobertura contratual para o risco reclamado pela autora, já que a doença DORT/LER não se enquadra em acidentes pessoais, por tratar-se de doença de caráter profissional e passível de cura. Nesse sentido, destaca a cláusula 2.11.3 do contrato de adesão para excluir as doenças profissionais, suscitando a necessidade de perícia médica.

Ao apreciar a causa, o juiz entende ser desnecessária nova perícia, pois existe um diagnóstico incontroverso de DORT/LER, cuja incapacitação advém de doença de trabalho, sendo considerado acidente pessoal indenizável pela seguradora. "A autora está aposentada por incapacidade permanente e foi periciada como demonstram os documentos do processo, sem possibilidade de correção cirúrgica", assegurou o juiz.

Ainda sobre o assunto diz que a realização de nova perícia é desnecessária, recaindo sobre a seguradora a obrigação de pagar o seguro, pois não se caracteriza cerceamento de defesa o fato de considerar-se a invalidez laborativa para fins de cobertura securitária. "O contrato prevê a indenização por invalidez permanente e a irreversibilidade está provada, prevalecendo assim a equivalência do acidente pessoal indenizável", concluiu o julgador.


Atualizada norma para coleta de material particulado sólido


Data: 19/03/2010 / Fonte: ASCOM Fundacentro



continuidade ao processo de revisão das antigas Normas de Higiene do Trabalho (NHT), a Fundacentro apresenta aos profissionais que atuam na área, a Norma de Higiene Ocupacional NHO 08: Coleta de Material Particulado Sólido Suspenso no Ar de Ambientes de Trabalho, resultado da experiência acumulada nos últimos anos pela equipe da Coordenação de Higiene do Trabalho e da atualização de conceitos utilizados como base para a coleta de material particulado sólido, divulgados internacionalmente.

A Norma pretende estabelecer um procedimento padronizado, aperfeiçoado e atualizado para coleta e avaliação do ambiente de trabalho, já que os materiais particulados sólidos encontrados ficam retidos em filtros de membrana com a finalidade de obter amostras representativas de poeiras.

Estudos realizados pela instituição demonstram que a exposição de trabalhadores a índices excessivos de materiais particulados suspensos no ar, de diferentes processos, indústrias ou condições de trabalho, representa grave risco à saúde do trabalhador.

Profissionais que atuam em ambientes sem o devido controle de medição e risco ocupacional podem apresentar infecções agudas no sistema respiratório. Entre as mais graves estão relacionadas as pneumoconioses, como a asbestose e a silicose - partículas muito finas de poeira.

Clique aqui para fazer o download da NHO-08.

domingo, 21 de março de 2010


Água é tema de especial da National Geographic


Edição especial que chega às bancas no dia 22 de março aproveita o Dia Mundial da Água para falar desse recurso tão importante e tão maltratado pelo ser humano. Lançamento será realizado na Sabesp

Thays Prado
Planeta Sustentável - 18/03/2010

Em 15 anos, quase um terço da população mundial (1,8 bilhão de pessoas) estará vivendo em regiões com escassez de água. É o que nos lembra o editorial da revista National Geographic, que vai para as bancas na segunda-feira, 22 de março – Dia Mundial da Água. A publicação também reforça a conhecida desproporção entre a água salgada, abundante, e a água doce, tão escassa.

O que não faltam são motivos para preservar esse bem tão precioso. Uma das matérias da edição conta que a água pode sequestrar tanto ou mais gás carbônico do que as florestas – o que contribui para o controle das mudanças climáticas. Outra mostra, em detalhes, como funciona o Aquífero Guarani e o impacto de sua existência para quatro países do Mercosul, entre eles o Brasil.

A edição traz, ainda, uma entrevista com o criador da ANA – Agência Nacional das Águas, Jerson Kelman, que critica a precária gestão das águas no Brasil, mas acredita que o recurso pode ser estratégico para o país em termos de desenvolvimento agrícola e industrial.

Mapas mostram como as principais capitais do mundo extraem a água que chega a seus habitantes e quanto custa abrir uma torneira em cada lugar.

Tudo isso, muito mais e - como já é de praxe - belas fotos (veja na galeria), infográficos e muitos dados capazes de fazer qualquer leitor parar um pouco e refletir sobre o que anda fazendo com o bem sem o qual nenhum ser vivo poderia existir.

Veja o vídeo de lançamento da edição:



O lançamento desta “edição azul” da National Geographic Brasil acontece no dia 22 de março, no auditório da Sabesp - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, e conta com a presença do redator-chefe da revista e coordenador do movimento Planeta Sustentável, Matthew Shirts, de Francisco Eduardo Pereira Filho, diretor presidente do Instituto Aryran de Desenvolvimento Humano, Cultura e Meio Ambiente, de Dilma Pena, secretária de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo e de Gesner Oliveira, presidente da Sabesp.




24 dicas práticas para o uso consciente da água

Dos 1,4 bilhões de km3 da água do planeta, apenas 0,3% estão disponíveis para consumo e boa parte é imprópria para uso. Então, que tal reavaliar seus hábitos diários? Aqui, dicas simples e práticas para você usar a água com mais consciência.

* Colaborou Débora Spitzcovsky

Os estudos e pesquisas do PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

Para o professor da Escola Politécnica da USP- Universidade de São Paulo, Racine Araújo, o primeiro passo para preservar a água é a conscientização e a educação de crianças, jovens e adultos. “A economia de água começa em casa e nas escolas. E tudo o que se pode fazer é tão simples e exige tão pouco esforço que qualquer um pode incluir em sua rotina”, garante.

Listamos, aqui, 24 ações super acessíveis para você começar já!

NO BANHEIRO
apontam para o desperdício mundial, médio, de 1.500 km³ de água, anualmente. Essa água que “jogamos fora” poderia ser consumida com mais respeito e ainda ser muito bem reaproveitada para a produção de energia ou irrigação. Nos países em desenvolvimento, o estrago é ainda maior: 80% da água potável é tratada de forma incorreta.
1. Vasos sanitários com caixa acoplada utilizam 6 litros de água/descarga, em vez dos mais de 20 litros das válvulas de parede convencionais. Modelos mais modernos trazem, ainda, um duplo botão para três e seis litros, que podem ser acionados de acordo com a necessidade. Se a urina for separada nas tubulações de esgoto, poderá ser reutilizada para a fertilização de solos, ou seja, será uma carga a menos de nutrientes a ser jogado nos rios;

2. Bacias sanitárias com válvulas gastam menos água, ou seja, a cada seis segundos com a válvula acionada, gasta-se, em média, de 10 a 14 litros de água. Quando a válvula está com defeito, o consumo pode aumentar para 30 litros;

3. Mantenha a válvula de descarga do vaso sanitário sempre regulada e não use o vaso como lixeira ou cinzeiro;

4. Se os 19 milhões de habitantes da Região Metropolitana de São Paulo diminuírem a descarga, pelo menos uma vez ao dia, serão economizados mais de 160 milhões de litros/dia, o que equivale ao abastecimento de uma cidade do porte de Santo André (São Paulo).

5. A ducha gasta três vezes mais do que o chuveiro comum. Considerando a abertura total do registro e um tempo de 15 minutos, um banho de ducha consome, em média, 243 litros de água. Se o for com o registro meio aberto, a economia é de 90 litros. Com o chuveiro elétrico, o consumo seria reduzido de 153 litros para 51 litros;

6. Se desligamos a ducha enquanto nos ensaboamos e reduzirmos o tempo para cinco minutos, o consumo cai para 81 litros;

7. Se, ao escovar os dentes, enxaguarmos a boca com a água do copo, economizamos 3 litros de água;

8. Cada cinco minutos com a torneira aberta gasta em torno de 25 litros, quantidade suficiente para que uma pessoa beba a quantidade de água necessária em 12 dias. Então, feche a torneira sempre, enquanto escova os dentes, faz a barba e lava o rosto. Assim, gastará apenas 2 litros, em média, então, economizará cerca de 23 litros/dia.

NA COZINHA

9. Antes de lavar a louça, panelas e talheres, remova bem os restos de comida de todas as peças e deixe-as de molho, se necessário. Ensaboe tudo, primeiro – mantendo a torneira fechada, claro! -, para depois, então, enxaguar de uma só vez;

10. Ao deixar a torneira meio-aberta, por 15 minutos, para lavar louça, gastamos em torno de 243 litros de água. Se você instalar um arejador na torneira da cozinha, nas mesmas condições, economizamos 105 litros de água.

11. Você sabia que, para lavar um copo é necessário gastar, pelo menos, dois copos de água? Que ironia! Quer dizer que, se tomamos um copo de água para matar a sede, desperdiçamos outros dois para mantê-lo limpo! Como tomamos água o dia todo – pelo menos é o que devemos fazer... - não é necessário lavar o copo toda vez que o usamos. Então, reserve-o para usar mais vezes;

12. Uma lavadora de louças com capacidade para 44 utensílios e 40 talheres, gasta 40 litros. Em comparação com uma lavadora de roupas, o gasto é bem menor, mas o ideal é optar pela lavagem à mão, certo?;

NA LAVANDERIA

13. Não lave a roupa aos poucos, deixe-a acumular um pouco e lave tudo de uma vez, sempre lembrando de fechar a torneira enquanto esfrega e ensaboa as peças. Lembre-se: a torneira meio aberta por 15 minutos pode chegar a gastar 243 litros.

14. Roupas muito manchadas e sujas, podem ficar de molho. Depois, utilize esta água para lavar a lavanderia ou o quintal;

15. Só ligue a máquina de lavar roupa quando estiver cheia. Uma lavadora com capacidade para cinco quilos, em operação completa, gasta, em média, 135 litros;

TORNEIRAS

16. A boa manutenção é a melhor forma de evitar desperdícios. Ao mínimo sinal de vazamentos, procure assistência rápido;

17. Troque o “courinho” da torneira com freqüência. O gotejamento lento gasta em torno de 400 litros/mês. Já o rápido gasta, em média, mil litros/mês. Sabe aquele filete de água que escorre quando não fechamos a torneira direito? Gasta cerca de 6.500 litros/mês!!;

18. Mais um lembrete para você usar as torneiras com consciência! Uma torneira aberta gasta de 12 a 20 litros de água/minuto; se estiver pingando, são 46 litros/dia, ou seja, quantidade suficiente para matar a sede de uma pessoa por 20 dias. Se por descaso, a torneira fica aberta por 15 minutos com 1/4 de volta, o gasto é de 108 litros. Com 1/2 volta, 280 litros. Com uma volta completa, 380 litros de água são gastos;

19. A instalação de reguladores de vazão nas instalações hidráulicas podem reduzir o consumo de água em até 50%;

20. Um buraco de dois milímetros em qualquer encanamento desperdiça cerca de três caixas d’água de mil litros;

ÁREAS EXTERNAS E CARRO
21.
Evite lavar calçadas, quintais e carros com freqüência. Se for inevitável, use balde e vassoura no lugar de mangueira ou vassoura hidráulica. Esta é uma das piores invenções, que prioriza apenas o conforto: gasta quase 280 litros de água em 15 minutos!;

22. Ao molhar plantas, use o regador: o gasto é bem menor do que se você usar mangueira. Mas, se tiver um jardim grande, opte pela mangueira com esguicho-revólver: é mais econômica. Quer ver? Dez minutos com a mangueira normal, gasta cerca de 186 litros de água; já com a que tem esguicho-revólver, a economia é de 96 litros;

23. Evite lavar o carro durante a estiagem, mas, se for muito necessário, prefira
usar balde e panos, nunca a mangueira. O gasto médio com mangueira é de 560 litros/30 minutos. Com balde e pano, você gasta 40, ou seja, a economia é de 520 litros;

24. Uma piscina de tamanho médio, exposta ao sol e ao vento, perde 3.785 litros de água/mês, por evaporação. Para você entender o tamanho do desperdício, basta dizer que essa quantidade supre as necessidades de água potável de uma família de quatro pessoas, por cerca de um ano e meio. Além disso, a piscina coberta diminui a perda de água por evaporação em até 90%. Precisa mais? Então, cubra sua piscina sempre que não estiver sendo usada. E, se você mora em condomínio, converse com o síndico sobre a importância dessa prática.


Cartilha auxilia na prevenção de doenças respiratórias


Data: 18/03/2010 / Fonte: ASCOM Fundacentro


Foto: Arquivo Proteção



A cartilha intitulada: "Você, trabalhador da limpeza! Vamos conversar?", lançada em 2009 pela Fundacentro, procura mostrar de maneira objetiva e linguagem acessível, dicas para que o trabalhador desse segmento saiba como se prevenir de acidentes e adoecimentos relacionados à exposição às substâncias irritantes e alergênicas presentes no ambiente de limpeza.


Em 20 páginas, a cartilha de autoria dos pesquisadores, Eduardo Algranti, Elayne de Fátima Maçãira e Elisabete Medina Coeli Mendonça, ilustra por meio de desenhos, alguns dos sintomas que podem ocorrer pelo contato com desinfetantes, ceras, removedores, solventes e outros, e dicas que podem ajudar a diminuir a exposição aos produtos e poeiras.


A cartilha faz parte de projeto de mestrado defendido na Faculdade de Saúde Pública pela tecnologista, Elayne Maçãira. Intitulado: "Morbidade respiratória em trabalhadores em limpeza da Região Metropolitana de São Paulo", desenvolvido entre 2002 e 2004, o projeto tratou de estudar as prevalências de sintomas respiratórios, onde se observou que mais da metade dos trabalhadores entrevistados relacionaram o aparecimento de sintomas respiratórios ao trabalho na limpeza. Também foi demonstrado que quanto maior o tempo na atividade, maior o risco de apresentar sintomas indicativos de asma ou rinite.


De acordo com Maçãira, o conhecimento deste padrão poderá auxiliar no conhecimento do mecanismo das doenças respiratórias investigadas. Em outras palavras, epidemiologicamente, hoje já é reconhecido o risco elevado de asma em trabalhadores da limpeza, mas se desconhece quais condições ou agentes estão associados a este risco, podendo ser agentes irritantes, alérgicos, ou ambos.


O projeto atual será desenvolvido na Faculdade de Medicina e parte das despesas do projeto será financiada pela Fapesp.

A cartilha está disponível para distribuição na Biblioteca da Fundacentro.

- Download: clique aqui