sábado, 13 de março de 2010

Consumo de mata nativa pela siderurgia impacta biomas

Pantanal, Amazônia, Caatinga e Cerrado fornecem biomassa para diferentes pólos siderúrgicos. Alternativas ao desmatamento, monocultura de eucalipto e utilização de gás natural também geram dúvidas e questionamentos

Por André Campos*

Símbolos da industrialização, o ferro e o aço avançam pelo século 21 como um dos pilares da economia brasileira. Apesar da crise internacional, produtos feitos a partir desses metais corresponderam a cerca de 6% das exportações no primeiro trimestre de 2009. O número nem de longe resume o peso do setor na vida nacional, dada sua importância para viabilizar muitas outras indústrias, como, por exemplo, as de materiais de transporte, bens de capital e equipamentos elétricos. Apenas estas, se somadas, equivalem a mais de 20% das vendas externas do país no anon passado.

A relevância da siderurgia no Brasil, contudo, também conta com capítulos menos nobres, que remetem a impactos socioambientais menos divulgados. Um deles está relacionado a uma matéria-prima essencial ao setor que nem sequer é conhecida por boa parte da população: o carvão vegetal.

Produção de carvão: são frequentes as denúncias de trabalho escravo (Foto: Carlos Juliano Barros)

Esse insumo exerce dupla função nas fábricas. Como combustível, aquece os altos-fornos das siderúrgicas onde o minério de ferro é fundido. Além disso, durante a fusão, é um dos reagentes no processo que extrai o metal (Fe) do minério (Fe2O3). O ferro-gusa, produto final desse beneficiamento, é a principal matéria-prima para a fabricação do aço.

Clique aqui para ver a reportagem na integra

Nenhum comentário:

Postar um comentário