sexta-feira, 5 de março de 2010


Cidades se unem para despejo coletivo do lixo


Prefeituras de cidades da região de Campinas contrataram a Unicamp para elaboração de estudo técnico

05/03/2010 - 14h55 . Atualizada em 05/03/2010 - 15h05

Adriana Giachini

Da Agência Anhangüera |


Seis cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC) decidiram unir forças na tentativa de solucionar definitivamente o problema do acúmulo de lixo nos municípios que já sofrem com os reflexos da saturação dos aterros — dando sequência a uma tendência que se verifica também em outras cidades da região. Os prefeitos de Americana, Nova Odessa, Sumaré, Santa Barbará d’Oeste, Hortolândia e Monte Mor criaram o Consórcio Intermunicipal de Manejo e Resíduos Sólidos da RMC. A medida pretende apresentar uma destinação de uso comum que pode ser tanto a construção de um novo aterro quanto a viabilização de usina de processamento. Atualmente, as seis cidades produzem 600 toneladas de lixo diariamente.

Em fevereiro, outras cinco cidades da RMC apresentaram projeto semelhante. Artur Nogueira, Holambra, Santo Antonio de Posse, Cosmópolis e Engenheiro Coelho, além de Conchal, criaram um consórcio emergencial para resolver o problema do lixo. Além disso, Indaiatuba também pretende formar um consórcio.

O Diário Oficial de Sumaré trouxe ontem a publicação de um edital de manifestação de interesse para empresas que desejarem participar desta ação disponibilizem seus projetos. Paralelamente, as prefeituras contrataram a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) para que ela desenvolva um estudo técnico e um plano integrado de destinação ecologicamente correta do lixo.

Dos recursos encaminhados para o pagamento da assessoria da Unicamp, R$ 250 mil virão do Ministério do Meio Ambiente, conforme contrato assinado na semana passada pelas prefeituras. Em contrapartida, os seis municípios juntos entrarão com R$ 23 mil. “Estamos caminhando para encontrar a melhor solução”, disse o prefeito de Sumaré e presidente do consórcio, José Antônio Bacchim (PT).

Com isso, os prefeitos trabalham com duas frentes: a apresentação dos projetos de empresas interessadas e o estudo da universidade. A definição de todo o planejamento deve ser completado em seis meses.

Os prefeitos já mostram suas preferências. “Os aterros, apesar de suportar anos de despejo, têm vida útil. Já uma usina é uma solução definitiva”, disse o presidente. Segundo o consórcio, cada município vai contribuir com uma porcentagem de custos equivalente ao da produção de lixo. A cidade que mais produz resíduos é Sumaré, seguida por Americana, Hortolândia, Santa Bárbara d’Oeste, Nova Odessa e Monte Mor. A estimativa é arrecadar R$ 112 mil. Atualmente, das 19 cidades da RMC, ao menos 12 mandam seu lixo para o aterro da Estre, em Paulínia. Em nota, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) disse ser favorável a iniciativas intermunicipais para destinação em comum do lixo.

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