segunda-feira, 28 de dezembro de 2009


A vitória do pragmatismo

Núñez, em um dos hipermercados verdes do Walmart: "Não vamos mudar o mundo porque somos legais, mas porque essa é a estratégia mais inteligente"

empresa sustentável do ano

Como a subsidiária brasileira do Walmart se tornou um exemplo para a matriz ao perceber que o aquecimento global é uma ameaça à perpetuação do próprio negócio

Na primeira semana de outubro, um auditório da Fundação Getulio Vargas de São Paulo sediou um evento que seria impensável tempos atrás. Para discutir o avanço do agronegócio na Amazônia, foram convidados participantes que historicamente sempre tiveram posições antagônicas. De um lado estavam defensores do agronegócio, como Blairo Maggi, governador de Mato Grosso e um dos maiores produtores de soja do país, e empresários dos maiores frigoríficos brasileiros, como Marcos Molina, presidente do Marfrig, e José Batista Júnior, ex-presidente e conselheiro da JBS-Friboi, hoje a maior empresa de carne do planeta. Do outro, as principais lideranças de uma das ONGs mais temidas pelo setor privado -- o Greenpeace --, além de representantes de dezenas de outras entidades ambientalistas.

VEJA QUADRO: Por dentro de uma loja ecoeficiente

A despeito da rivalidade dos dois grupos, naquele dia não houve bate-boca. Surpreendentemente, os dois lados chegaram a um acordo. Em meio a discursos quentes, mas civilizados, os frigoríficos selaram com o Greenpeace o compromisso de seguir uma série de critérios mínimos para operar na Amazônia. O objetivo é colocar ordem na atividade pecuária, hoje considerada a maior responsável pelo desmatamento na região. Sentada na plateia da FGV estava a paulista Daniela Di Fiori, vice-presidente de sustentabilidade do Walmart, terceira maior rede de supermercados do país. Ela acompanhava a movimentação no palco com interesse redobrado -- e uma ponta de orgulho. Foi graças a um movimento encabeçado pelo Walmart meses atrás que aquele acordo seria finalmente fechado.

Tudo começou no dia 1o de junho, quando o Greenpeace divulgou para o mundo todo um documento intitulado A Farra do Boi na Amazônia. O extenso relatório, resultado de três anos de investigações, trata do papel da pecuária no desmatamento ilegal da região, revela como a atividade é muitas vezes financiada pelo próprio governo brasileiro -- por meio de entidades como o BNDES -- e mostra, em detalhes, seu vínculo direto com o produto final de mais de uma dezena de empresas globais, como Adidas, Nike, Kraft, Unilever, Carrefour e o próprio Walmart. Logo que o relatório veio à tona, o cubano Héctor Núñez, presidente da subsidiária brasileira do Walmart, e Daniela reagiram. "Eles nos procuraram para dizer que não queriam ser parte do problema e que fariam tudo para envolver todo o setor na causa", diz Marcelo Furtado, diretor executivo do Greenpeace no Brasil.

Desde então, o varejista se dedica a convencer os concorrentes a fazer pressão sobre os frigoríficos. Um dos resultados desse esforço foi o embargo, por cerca de 13 dias, dos maiores varejistas do país -- Carrefour, Pão de Açúcar e o próprio Walmart -- a qualquer carne proveniente do Pará, um dos focos da atividade ilegal. Além disso, hoje a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), da qual o Walmart é associado, está à frente de um programa para criar uma espécie de certificação para a carne bovina do país. O plano é que o tal selo, a ser lançado em meados de 2010, seja conquistado pelos frigoríficos depois de muitas auditorias e dê aos supermercados a certeza de que a carne fornecida por eles nada tem a ver com o desmatamento da Amazônia. "O Walmart conseguiu mobilizar o setor e fez com que esse movimento se desencadeasse num ritmo surpreendente", diz Furtado.

O protagonismo do Walmart nessa questão é um dos motivos que levaram o Guia EXAME de Sustentabilidade a elegê-lo, entre as 20 empresas-modelo, como a Empresa Sustentável do Ano. Hoje a empresa conta com iniciativas que vão da construção de lojas verdes a programas de conscientização de funcionários (veja quadro na pág. 40). Em 2008, a área de sustentabilidade da empresa investiu 17 milhões de reais -- outros aportes foram feitos também por outros departamentos, como comercial, construções e recursos humanos.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Mais um com Operador de Empilhadeira. Falta de atenção? Falta de capacitação?

Um acidente envolvendo uma empilhadeira destruiu cerca de US$ 150 mil em garrafas de vodca e conhaque em um armazém de Moscou, na Rússia. O circuito interno de câmeras do local capturou o momento em que o trabalhador que dirigia a empilhadeira acerta em cheio uma estante de mercadorias.

O motorista do equipamento parece acelerar um pouco antes de bater. A colisão causou um efeito dominó que derrubou outras estantes e deixou o trabalhador soterrado entre as garrafas.

Ele foi resgatado pelos colegas e teve somente ferimentos leves.




Garfo levantado, acidente eminente




EMBED-Stupid Manager Crashes Forklift - Watch more free videos

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Índia, China, África do Sul, Brasil e EUA acertaram núcleo de acordo sem meta

Embaixador brasileiro narrou reunião do grupo Basic com Obama.
China aceitou fórmula de verificação de reduções de gases-estufa.

Dennis Barbosa Do G1, em Copenhague


Foto: AFP / Christian Als / Scanpix

Tudo acertado, nada resolvido: Obama e Hillary no centro de convenções onde foi realizada a COP 15. A China aceitou verificações de metas (que não foram objeto de tratado vinculante)

O presidente americano Barack Obama, o indiano Manmohan Singh, o chinês Weng Jiabao, o sul-africano Jacob Zuma e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acertaram uma fórmula consensual para verificação das ações de mitigação (corte de gases-estufa).

O texto está sendo redigido de uma forma que reflita o consenso, ou seja, o mecanismo de verificação não pode ser considerado invasivo pelos chineses.

“Será uma declaração política na forma de uma decisão da COP”, disse o embaixador Sérgio Serra, negociador do Brasil.

A proposta será levada a plenário. Lá, pode não ser aceita, segundo Serra. Ele considera, no entanto, que há grande chance de que seja, já que concilia o principal ponto de discórdia entre China e EUA.

Não há menção a metas de redução de gases-estufa. "Certamente é um resultado decepcionante", disse o embaixador Serra.

O principal negociador da China, Xie Zhenhua, afirmou que a COP teve um resultado positivo e que "todos deveriam estar felizes". Já para o presidente francês, a conferência de Copenhague mostrou os "limites de um esgotado sistema da Organização das Nações Unidas".

Lula está voando de volta para Brasília e não falou com a imprensa antes de partir.

Depois de uma coletiva de imprensa em que falou sobre os resultados obtidos no último dia da conferência, Obama deixou o centro de convenções Bella Center.

*Com informações da Reuters e da France Presse


GHS entra para ABNT



Fonte: Revista Proteção, Ed. 215

O sistema de segurança química no Brasil inaugurou um novo capítulo em sua história. Por meio de uma parceria entre a Abiquim (Associação Brasileira de Indústria Química) e a ABNT, o Sistema Globalmente Harmonizado para a Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos passou a integrar a normatização brasileira. O Acordo de Cooperação Técnica entre as duas entidades foi assinado no dia 15 de outubro oficializando, assim, a entrada em vigor da NBR 14725: Produtos Químicos – Informações sobre Segurança, Saúde e Meio Ambiente.

“Além de nos encaixar na padronização mundial da classificação dos produtos químicos, a adoção do GHS no país tem como objetivo facilitar e promover a educação e a conscientização da sociedade frente à segurança química”, salienta o superintendente do Comitê Brasileiro de Química da ABNT, Clovis Sanchez.

A publicação da NBR 14725 possibilitará ao Brasil, que até então não possuía um sistema de classificação e comunicação de perigo para os produtos químicos, a implementação de uma gestão segura para essas substâncias perigosas. “Com o GHS, tem-se a expectativa de substancial melhoria na classificação dos produtos químicos, pois estaremos utilizando um sistema global baseado nas melhores classificações existentes, bem como para a rotulagem, com símbolos, pictogramas, frases de perigo e de prevenção harmonizadas”, avalia o auditor fiscal Roque Puiatti.

Com a entrada do GHS, os fabricantes terão que se adaptar às mudanças como, por exemplo, disponibilizar símbolos, informações, cuidados, prevenções e instruções em caso de risco de combustão no rótulo do produto a ser comercializado. Os fabricantes brasileiros terão até janeiro de 2011 para se ajustarem à nova normatização de rotulagem, classificação e terminologia dos produtos químicos.

A nova normatização brasileira sobre produtos químicos está sendo disponibilizada gratuitamente no site da ABNT (www.abnt.org.br
) e no portal da Abiquim, sessão Normas Técnicas (www.abiquim.org.br/abnt). Para ter acesso ao documento, basta preencher um cadastro virtual.



Fonte: Revista Proteção, Ed. 215 - 15/12/2009

Prorrogada a contestação do FAP

A implementação do Fator Acidentário de Prevenção (FAP) para o cálculo do seguro acidente de trabalho a partir de janeiro não ocorrerá sem que as empresas que se sintam prejudicadas tenham a chance de recorrer ao Ministério da Previdência Social (MPS). Além de disponibilizar, até o dia 31 de dezembro, uma página eletrônica no site do MPS àqueles que possuem travas no processo de cálculo do fator, o ministério publicou no dia 14 no Diário Oficial da União uma portaria possibilitando a abertura de processos administrativos em relação à nova ferramenta.

A contestação por meio do www.previdenciasocial.org.br (link FAP e, em seguida, Contestação) é prevista para as organizações cujo seguro acidente de trabalho não pôde ser diminuído por terem registrado caso de morte, de invalidez permanente ou taxa de rotatividade acima de 75% — as travas determinadas pelas resoluções MPS/CNPS nº 1.308/2009 e 1.309/2009. Pela página eletrônica, até o fim do ano, a empresa interessada poderá comprovar investimentos na melhoria da segurança no ambiente do trabalho e, se seu FAP for igual a 1, poderá ter sua alíquota de seguro acidente reduzida.

Por sua vez, o recurso previsto na Portaria Interministerial 329/2009 permite que sejam contestadas junto ao Departamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional (DPSO) do MPS até o dia 12 de janeiro as divergências de informações de Comunicações de Acidentes de Trabalho (CATs) e de benefícios acidentários que compõem o FAP dos anos de 2007 (a partir de abril) e 2008. Segundo a portaria, os processos iniciados desde outubro já estão sendo encaminhados ao DPSO.

Segundo o parágrafo primeiro do artigo primeiro da portaria, o julgamento pelo departamento terá caráter terminativo no âmbito administrativo e observará as determinações do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS). Em parágrafo único do artigo seguinte, o texto deixa claro que, no caso de redução do valor do seguro acidente, o crédito a favor da empresa será compensado posteriormente.

Polêmica

Apesar de estar baseado em amplos consensos construídos em ambientes como o CNPS, o FAP e sua modulação do seguro acidente por instrumentos como o Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP) têm sido alvo de debates acirrados. Entre uma das maiores polêmicas, estão as divergências entre os dados das entidades representantes dos empregadores e do MPS.

Na edição de dezembro do Jornal da Anamt, o presidente do Conselho de Política Social e Trabalhista da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), José Arnaldo Rossi, reconhece que “os números do empregadores não batem com a da Previdência”, segundo a qual 92,37% das empresas passíveis de terem seu seguro acidente alterado pelo FAP serão bonificadas. Entretanto, para o vice-presidente da Anamt, Dr. Mario Bonciani, certos questionamentos foram deixados para o momento errado. “Por que eles não foram feitos nas comissões em que eles poderiam ser analisados?”, critica.

Fonte: ANAMT


Liminar da Justiça suspende aplicação do FAP

Uma empresa de segurança de Florianópolis (SC) obteve tutela antecipada que suspende a aplicação danova metodologia adotada pelo Ministério da Previdência Social para o cálculo do Seguro Acidente do Trabalho (SAT), que entra em vigor em janeiro. O juiz da 3aVara Federal da capital catarinense, Cláudio Roberto da Silva, em uma das primeiras decisões sobre o tema, considerou inconstitucional o artigo 10 da Lei no 10.666, de 2006, que instituiu o Fator Acidentário de Prevenção (FAP), mecanismo adotado para aumentar ou reduzir as alíquotas da contribuição, com base nos índices de cada empresa.

O FAP varia de 0,5 a dois pontos percentuais, o que significa que a alíquota de contribuição pode ser reduzida à metade ou dobrar, chegando a 6% sobre a folha de salários. No caso da empresa catarinense, o valor do tributo seria elevado em 60% com a aplicação do fator. Com a decisão, ela mantém o pagamento na alíquota atual, de 3%. "A nova metodologia não incentiva as empresas a investir em segurança do trabalho", diz a advogada Mariana Linhares Waterkemper, do escritório Guedes Pinto Advogados e Consultores, que defende o contribuinte. "A Previdência sempre quer ganhar mais." As mudanças nas regras do SAT vão gerar aumento de carga tributária para mais da metade das empresas do país, segundo um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Para a Previdência Social, no entanto, das 952.561 empresas que integram as 1.301 atividades econômicas listadas na legislação, 879.933 (92,37%) serão bonificadas e vão ter redução no valor do tributo. Já 72.628 (7,62%) terão aumento na contribuição ao SAT.

Na decisão, o magistrado entendeu que a criação de uma alíquota móvel, com a aplicação do FAP, traria "majoração de tributo" e "enorme insegurança jurídica".

"O simples manejo da alíquota de 0,5% até 6%, ainda que por via indireta, não satisfaz quando é certa a funesta consequência, qual seja, de criar efetivamente uma alíquota móvel, e móvel ao sabor de ação da administração", diz Silva.

O juiz, no entanto, não atendeu à solicitação da empresa de acesso a todas as informações utilizadas para o cálculo do FAP.

Ele considerou o pedido superado pelo fato de a Previdência Social ter, a partir de 23 de novembro, liberado detalhes das ocorrências com os empregados, como o número de identificação do trabalhador (NIT), a data de nascimento e o número e dia da emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). As empresas têm prazo de 30 dias, a contar da última sexta-feira, para contestar o FAP, conforme a portaria interministerial no 329.

Notícia publicada no Valor Econômico em 17/12/2009.

Autor: Arthur Rosa

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009


Indústria lidera ranking da acidentalidade em 2008


Fonte: SINAIT

Os setores de atividade econômica da indústria e de prestação de serviços foram responsáveis, em 2008, por 90,56% dos 747.663 acidentes de trabalho registrados no período. A indústria lidera o ranking com 45,73%. O setor de serviços responde por 44,83%. Os dados constam do Anuário Estatístico da Previdência Social 2008, lançado no fim de outubro deste ano.

O total de acidentes registrados no ano passado é 13,4% maior que o número computado em 2007, quando foram notificados 659.523 acidentes. Os dados refletem a adoção do Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP) em abril de 2007, que ajudou a combater a subnotificação dos acidentes de trabalho em 2008.

Em comparação com 2007, o número de acidentes na indústria no ano passado aumentou 14,8% - saltou de 297.719 mil para 341.943 mil -, superando os 13,9% do setor de serviços, que passou de 294.259 mil registros para 335.171 mil.

O diretor do Departamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional, do Ministério da Previdência Social - MPS, Remigio Todeschini, destaca que somente um conjunto de ações e políticas preventivas de acidentes e doenças do trabalho será capaz de combater com sucesso os milhares de acidentes que vitimam os trabalhadores brasileiros ano a ano.

O SINAIT cobra do governo o aumento do número de Auditores Fiscais, por meio da realização de concurso, com especialização na área de segurança e saúde do trabalho, o que muito contribuirá para a redução das estatísticas e principalmente da dor de milhares de famílias dessas vítimas. O Estado por sua vez também sai ganhando com a redução de gastos/custos.

Fonte: SINAIT - 16/12/2009

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Barra de ferro cai e mata operário em obra do metrô em SP

Acidente aconteceu na futura estação Vila Prudente, zona leste de São Paulo Foto: Adriano Lima/Futura Press

Acidente aconteceu na futura estação Vila Prudente, zona leste de São Paulo

14 de dezembro de 2009
Foto: Adriano Lima/Futura Press


Um acidente nas obras de ampliação da Linha Verde do Metrô de São Paulo matou o carpinteiro Raimundo Maria de Almeida, 49 anos. O acidente aconteceu na futura estação Vila Prudente, zona leste de São Paulo, por volta das 16h desta segunda-feira.

Segundo a assessoria de imprensa da Galvão Engenharia, responsável pela obra e empregadora do carpinteiro, o acidente aconteceu quando um trilho de aço, de 700 kg, se desprendeu de um guindaste, caindo na vertical e tombando sobre Raimundo, que morreu na hora. O acidente aconteceu na rua Ibitirama, próximo ao nº 800. Outros dois operários conseguiram escapar ilesos.

A empresa afirmou que "o içamento de materiais e equipamentos faz parte da rotina diária dos serviços na obra, na qual são seguidos rígidos cuidados de segurança no trabalho".

O Corpo de Bombeiros informou que a corporação prestou socorro à vítima no local. Contudo, mesmo com o atendimento, ela não resistiu aos ferimentos. O Metrô ainda não se manifestou sobre o ocorrido.

Em comunicado, o Metrô "lamenta a ocorrência" e informa que já exigiu providências da construtora Galvão Engenharia para o atendimento imediato aos familiares da vítima. O Metrô diz que irá acompanhar as investigações sobre o acidente.

domingo, 13 de dezembro de 2009


NORMA REGULAMENTADORA 11

TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS

Nota: vide alterações desta norma pela Portaria SIT 56/2003

11.1. Normas de segurança para operação de elevadores, guindastes, transportadores industriais e máquinas transportadoras.

11.1.1. Os poços de elevadores e monta-cargas deverão ser cercados, solidamente, em toda sua altura, exceto as portas ou cancelas necessárias nos pavimentos. (111.001-2 / I2)

11.1.2. Quando a cabina do elevador não estiver ao nível do pavimento, a abertura deverá estar protegida por corrimão ou outros dispositivos convenientes. (111.002-0 / I2)

11.1.3. Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como ascensores, elevadores de carga, guindastes, monta-carga, pontes-rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos, esteiras-rolantes, transportadores de diferentes tipos, serão calculados e construídos de maneira que ofereçam as necessárias garantias de resistência e segurança e conservados em perfeitas condições de trabalho. (111.003-9 / I2)

11.1.3.1. Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas, correntes, roldanas e ganchos que deverão ser inspecionados, permanentemente, substituindo-se as suas partes defeituosas. (111.004-7 / I2)

11.1.3.2. Em todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima de trabalho permitida. (111.005-5 / I1)

11.1.3.3. Para os equipamentos destinados à movimentação do pessoal serão exigidas condições especiais de segurança. (111.006-3 / I1)

11.1.4. Os carros manuais para transporte devem possuir protetores das mãos. (111.007-1 / I1)

11.1.5. Nos equipamentos de transporte, com força motriz própria, o operador deverá receber treinamento específico, dado pela empresa, que o habilitará nessa função. (111.008-0 / I1)

11.1.6. Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão ser habilitados e só poderão dirigir se durante o horário de trabalho portarem um cartão de identificação, com o nome e fotografia, em lugar visível. (111.009-8 / I1)

11.1.6.1. O cartão terá a validade de 1 (um) ano, salvo imprevisto, e, para a revalidação, o empregado deverá passar por exame de saúde completo, por conta do empregador. (111.010-1 / I1)

11.1.7. Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de advertência sonora (buzina). (111.011-0 / I1)

11.1.8. Todos os transportadores industriais serão permanentemente inspecionados e as peças defeituosas, ou que apresentem deficiências, deverão ser imediatamente substituídas. (111.012-8 / I1)

11.1.9. Nos locais fechados ou pouco ventilados, a emissão de gases tóxicos, por máquinas transportadoras, deverá ser controlada para evitar concentrações, no ambiente de trabalho, acima dos limites permissíveis. (111.013-6 / I2)

11.1.10. Em locais fechados e sem ventilação, é proibida a utilização de máquinas transportadoras, movidas a motores de combustão interna, salvo se providas de dispositivos neutralizadores adequados. (111.014-4 / I3)

11.2. Normas de segurança do trabalho em atividades de transporte de sacas.

11.2.1. Denomina-se, para fins de aplicação da presente regulamentação a expressão "Transporte manual de sacos" toda atividade realizada de maneira contínua ou descontínua, essencial ao transporte manual de sacos, na qual o peso da carga é suportado, integralmente, por um só trabalhador, compreendendo também o levantamento e sua deposição.

11.2.2. Fica estabelecida a distância máxima de 60,00m (sessenta metros) para o transporte manual de um saco. (111.015-2 / I1)

11.2.2.1. Além do limite previsto nesta norma, o transporte descarga deverá ser realizado mediante impulsão de vagonetes, carros, carretas, carros de mão apropriados, ou qualquer tipo de tração mecanizada. (111.016-0 / I1)

11.2.3. É vedado o transporte manual de sacos, através de pranchas, sobre vãos superiores a 1,00m (um metro) ou mais de extensão. (111.017-9 / I2)

11.2.3.1. As pranchas de que trata o item 11.2.3 deverão ter a largura mínima de 0,50m (cinqüenta centímetros). (111.018-7 / I1)

11.2.4. Na operação manual de carga e descarga de sacos, em caminhão ou vagão, o trabalhador terá o auxílio de ajudante. (111.019-5 / I1)

11.2.5. As pilhas de sacos, nos armazéns, terão a altura máxima correspondente a 30 (trinta) fiadas de sacos quando for usado processo mecanizado de empilhamento. (111.020-9 / I1)

11.2.6. A altura máxima das pilhas de sacos será correspondente a 20 (vinte) fiadas quando for usado processo manual de empilhamento. (111.021-7 / I1)

11.2.7. No processo mecanizado de empilhamento, aconselha-se o uso de esteiras-rolantes, dadas ou empilhadeiras.

11.2.8. Quando não for possível o emprego de processo mecanizado, admite-se o processo manual, mediante a utilização de escada removível de madeira, com as seguintes características:

a) lance único de degraus com acesso a um patamar final; (111.022-5 / I1)

b) a largura mínima de 1,00m (um metro), apresentando o patamar as dimensões mínimas de 1,00m x 1,00m (um metro x um metro) e a altura máxima, em relação ao solo, de 2,25m (dois metros e vinte e cinco centímetros); (111.023-3 / I1)

c) deverá ser guardada proporção conveniente entre o piso e o espelho dos degraus, não podendo o espelho ter altura superior a 0,15m (quinze centímetros), nem o piso largura inferior a 0,25m (vinte e cinco centímetros); (111.024-1 / I1)

d) deverá ser reforçada, lateral e verticalmente, por meio de estrutura metálica ou de madeira que assegure sua estabilidade; (111.025-0 / I1)

e) deverá possuir, lateralmente, um corrimão ou guarda-corpo na altura de 1,00m (um metro) em toda a extensão; (111.026-8 / I1)

f) perfeitas condições de estabilidade e segurança, sendo substituída imediatamente a que apresente qualquer defeito. (111.027-6 / I1)

11.2.9. O piso do armazém deverá ser constituído de material não escorregadio, sem aspereza, utilizando-se, de preferência, o mastique asfáltico, e mantido em perfeito estado de conservação. (111.028-4 / I1)

11.2.10. Deve ser evitado o transporte manual de sacos em pisos escorregadios ou molhados. (111.029-2 / I1)

11.2.11. A empresa deverá providenciar cobertura apropriada dos locais de carga e descarga da sacaria. (111.030-6 / I1)

11.3. Armazenamento de materiais.

11.3.1. O peso do material armazenado não poderá exceder a capacidade de carga calculada para o piso. (111.031-4 / I1)

11.3.2. O material armazenado deverá ser disposto de forma a evitar a obstrução de portas, equipamentos contra incêndio, saídas de emergências, etc. (111.032-2 / I1)

11.3.3. Material empilhado deverá ficar afastado das estruturas laterais do prédio a uma distância de pelo menos 0,50m (cinqüenta centímetros). (111.033-0 / I1)

11.3.4. A disposição da carga não deverá dificultar o trânsito, a iluminação, e o acesso às saídas de emergência. (111.034-9 / I1)

11.3.5. O armazenamento deverá obedecer aos requisitos de segurança especiais a cada tipo de material.

Imprudência do Operador de Empilhadeira



IMAGEM DA SEMANA


Animação Segurança no Trabalho - Napo 1/6


Lesão reversível gera auxílio-acidente

Quem tem lesão reversível recebe auxílio-acidenteA 3ª Seção do Superior Tribunal de Justiça reconheceu que o auxílio-acidente é devido quando demonstrado o nexo de causalidade entre a redução de natureza permanente da capacidade laborativa e a atividade profissional desenvolvida. O STJ entendeu, ainda, que é irrelevante a possibilidade de reversibilidade da doença.

A questão foi decidida conforme o rito da Lei dos Recursos Repetitivos (Lei 11.672/08) e garantiu a um homem, em São Paulo, o benefício previdenciário do auxílio-acidente, mesmo no caso da lesão se caracterizar como causadora de incapacidade parcial e permanente, passível de tratamento, ou seja, reversível.

O recurso especial foi interposto ao STJ por um cidadão que alegou ter sido submetido a situações agressivas de trabalho, o que lhe acarretou tendinite no ombro direito, com irradiação no membro superior direito (bursite subacromial /subdelatóidea, segundo o laudo médico). O problema reduziu sua capacidade laborativa “de forma parcial e permanente” e por isso, segundo o argumento da defesa, faz jus à concessão de auxílio-acidente.

O juiz da primeira instância, no entanto, considerou que, embora o homem tenha problemas de saúde, o pedido seria improcedente pelo fato de estar ausente, no caso, a “incapacidade parcial e permanente do segurado”. A razão seria devido ao fato da lesão ser de caráter leve e ter possibilidade de tratamento (fisioterapia e cirurgia). Nas instâncias ordinárias existia o entendimento de que seriam tidos como requisitos para a concessão do auxílio-acidente por parte do Inss (Instituto Nacional do Seguro Social), além do infortúnio, do nexo causal e da redução da capacidade laborativa, a chamada “irreversibilidade da moléstia”.

Para o STJ, contudo, a possibilidade ou não de irreversibilidade da doença deve ser considerada “irrelevante”. “Estando devidamente comprovado, na presente hipótese, o nexo de causalidade entre a redução parcial da capacidade para o trabalho e o exercício de suas funções laborais habituais, não é cabível afastar a concessão do auxílio-acidente somente pela possibilidade de desaparecimento dos sintomas da patologia que acomete o segurado, em virtude de tratamento ambulatorial ou cirúrgico”, destacou o relator do processo no tribunal, ministro Napoleão Nunes Maia Filho.

O entendimento dos ministros do STJ foi de que a Lei 8.213/91 — referente à concessão de auxílio-doença acidentário — estabelece, para ser concedido o auxílio-acidente, no artigo 86, a necessidade de que o segurado empregado (exceto o doméstico, o trabalhador avulso e o segurado especial) tenha redução permanente da sua capacidade laborativa em função de acidente de qualquer natureza. A mesma lei também considera, em seu artigo 20, como acidente de trabalho “a doença profissional, proveniente do exercício do trabalho peculiar a determinada atividade”, enquadrando-se nesse caso “as lesões decorrentes de esforços repetitivos”.

Com base em tais considerações, a 3ª Seção, por unanimidade, julgou procedente o pedido e determinou a concessão de auxílio-acidente no percentual de 50% do salário de benefício, a partir da data de citação. Tal valor deverá ser acrescido de correção monetária a partir do vencimento de cada parcela e de juros de mora de 1% ao mês, contados da citação até o efetivo cumprimento do julgado.

Fonte: Assessoria de Imprensa do STJ - 7/12/2009

Reunião trata do uso de óculos de proteção para cortadores de cana



São Paulo - Nesta quarta-feira 9, foi transmitida, ao vivo via internet, pelo www.animaseg.com.br e www.tvseg.com.br, uma reunião que discutiu as questões relativas à utilização dos óculos de proteção para os cortadores de cana, em São Paulo. Na ocasião, foram ouvidas as opiniões das diversas partes envolvidas, a exemplo dos vários setores da comunidade prevencionista.

Participaram do encontro, trabalhadores, empregadores, fabricantes de EPI, representantes do governo e da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e do Comitê Brasileiro de Equipamentos de Proteção Individual - CB-32.

O encontro é promovido pela Associação Nacional da Indústria de Material de Segurança e Proteção ao Trabalho – ANIMASEG.

Fonte: Sinait - 8/12/2009


100 mil protestam pelo clima



Nem o vento, nem a sensação de 2 graus negativos em Copenhague, e nem mesmo o fato de ser sábado impediram 100 mil pessoas – homens, mulheres, bebês, crianças, jovens, adultos, idosos, das mais variadas nacionalidades – de se concentrarem em frente ao parlamento dinamarquês para pressionar negociadores e ministros – que começaram a chegar, hoje, na cidade – a fecharem um acordo climático justo e ambicioso.

Os líderes que subiam ao palco, entre eles, o presidente do Greenpeace, incentivavam a multidão, em tom entusiasmado, a pedir por justiça climática. Frases como “o sistema pode mudar, o clima não”; “chega de blábláblá, ação agora”; “não temos um planeta B”; e até um “nós amamos Kyoto” estavam em faixas, cartazes, camisetas, adesivos e balões.

Por volta das 14:30 (GMT+1), os manifestantes começaram uma marcha pacífica até o Bella Center, centro de convenções onde estão acontecendo as reuniões da COP15. Antes de eles chegarem, a polícia já estava preparada para impedir a entrada no local. O alerta era máximo. Enquanto deixei minha mochila no chão para tirar uma foto de cima do alambrado, um policial veio, imediatamente, gritando para que eu recolocasse a mochila nas costas, ou ele acharia que se tratava de uma bomba...

Mais de 500 organizações estava representadas na caminhada.


Parque eólico com equipamentos da Siemens, na Alemanha: a empresa trabalha para que produtos verdes correspondam a 40% de suas vendas até 2012




Empresas ampliaram projetos voltados para a ecoeficiência

O Guia Exame de Sustentabilidade 2009, maior levantamento de responsabilidade corporativa do país, mostra que as iniciativas mais consistentes resistiram à crise

A crise que derrubou de maneira repentina o mercado financeiro global em setembro do ano passado obrigou grandes empresas em todo o mundo a repensar suas estratégias para 2009. Não foi diferente no que diz respeito aos planos relacionados à sustentabilidade. A turbulência colocou na berlinda os investimentos referentes ao tema -- e, obedecendo a uma lógica darwinista, apenas as iniciativas mais consistentes e ligadas diretamente à estratégia dos negócios persistiram. Ganharam espaço, por exemplo, projetos voltados para a ecoeficiência. Das 142 participantes que responderam a todo o questionário do Guia EXAME de Sustentabilidade 2009 (dentro de um universo total de 210 empresas inscritas), 78% possuem critérios ambientais para todas as etapas do processo produtivo. Segundo o levantamento realizado no ano passado, apenas 63% das inscritas tinham a mesma preocupação.

Divulgação{txtalt}
Usina da EDP, no Espírito Santo: a remuneração de seus 2 400 funcionários agora tem uma parcela variável vinculada a metas sociais e ambientais

Usina da EDP, no Espírito Santo: a remuneração de seus 2 400 funcionários agora tem uma parcela variável vinculada a metas sociais e ambientais

Chama a atenção, por exemplo, a proporção de empresas que possuem uma política de controle no consumo de recursos como água e energia -- 84%. "A pesquisa mostrou que a dimensão ambiental está cada vez mais inserida na estratégia das empresas", diz Roberta Simonetti, coordenadora do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas de São Paulo, responsável pela metodologia do questionário utilizado por EXAME.

Quem ganha com essa política são companhias como a alemã Siemens, que desde 2007 vem investindo no desenvolvimento de produtos com apelo verde. Trata-se de uma categoria que compreende desde produtos com eficiência energética significativamente superior à média até equipamentos de geração de energia renovável e novas tecnologias de limpeza de água e ar. As vendas dessa linha de produtos corresponderam a 25% do faturamento total da companhia em 2008, que somou 19 bilhões de euros em todo o mundo. Mesmo em meio à crise, a categoria avançou -- e cresceu 30% nos últimos 12 meses. A expectativa da Siemens é que esse mercado responda por 40% da receita até o fim de 2012. "A crise trouxe mais austeridade aos negócios", diz Newton Duarte, diretor-geral do setor de energia da Siemens Brasil. "E isso favoreceu a venda de produtos e serviços que, ao mesmo tempo, economizam recursos energéticos e reduzem custos."

Veja quadro:
Os destaques da pesquisa - O perfil das 142 empresas que responderam a todas as questões do Guia Exame de Sustentabilidade 2009


Em alguns casos, essa busca por ecoeficiência exigiu investimentos altíssimos. A IBM, por exemplo, gastou 1 bilhão de dólares para substituir 3 900 servidores no Brasil, nos Estados Unidos, no Reino Unido, no Japão e na Austrália por 30 mainframes nos últimos dois anos. O projeto, batizado de Big Green, já resultou numa economia de energia de 80% para a empresa no mundo todo. Em 2008, o Brasil recebeu uma fatia de cerca de 140 milhões de dólares desse investimento para substituir 200 servidores por um mainframe no Centro de Tecnologia de Hortolândia, no interior de São Paulo. A troca resultou numa economia de energia de 1 200 quilowatts por ano, o equivalente ao consumo de uma cidade de 8 000 habitantes. Além disso, evitou a emissão de 5 000 toneladas de gás carbônico, correspondentes à circulação de 1 700 carros durante um ano. "Não interrompemos o programa porque o retorno do investimento é garantido", afirma Roberto Diniz, gerente de otimização de TI da IBM do Brasil.

Uma frente mais recente, o cálculo das emissões de gases de efeito estufa, também avançou. Hoje, 47% das empresas participantes deste guia avaliam formalmente a emissão de CO2 gerada por suas atividades -- no ano passado, 39% declararam ter a mesma preocupação. A AmBev conseguiu reduzir 35% de suas emissões de gás carbônico nos últimos cinco anos com a substituição de geradores de energia a diesel por biomassa (no caso, casca de coco, lascas de madeira e casca de arroz) em oito fábricas da empresa em todo o Brasil. Hoje, 34% da energia consumida pela AmBev vem dessa fonte renovável. As vantagens não são só ambientais. Em Viamão, no Rio Grande do Sul, o investimento de 5 milhões de reais na usina de biomassa permitiu que a empresa fosse autorizada pelo governo brasileiro e pela ONU a entrar no mercado de créditos de carbono. "Investir na redução dos impactos ambientais, como nas usinas de biomassa, também é investir na redução dos custos. Está tudo atrelado", diz Sandro Bacili, diretor de marketing institucional da AmBev.