domingo, 13 de dezembro de 2009




consumo consciente

Carne bovina será certificada

No primeiro dia de trabalho da COP-15, o Ministério do Meio Ambiente e a Associação Brasileira de Supermercados lançam o projeto de Certificação de Produção Responsável na Cadeia Bovina, que irá identificar os diferenciais de sustentabilidade do produto

Depois da polêmica denúncia do Greenpeace sobre a comercialização de carne bovina originária de fazendas envolvidas com o desmatamento ilegal, concretizada no relatório “A farra do boi na Amazônia”, em meados deste ano, houve muita discussão e, finalmente, uma resposta concreta. Ontem, 7, o MMA - Ministério do Meio Ambiente e a Abras - Associação Brasileira de Supermercados assinaram acordo que se propõe a garantir a legalidade da carne que chega ao consumidor.

Supermercados e frigoríficos podem solicitar certificação no site da Abras que irá qualificar organismos de certificação independente para avaliar ações de proteção ao meio ambiente, respeito ao consumidor e respeito às questões sociais, trabalhistas e de saúde. O processo será feito por organizações pré-selecionadas pela Associação. O certificado será estampado na embalagem da carne para facilitar a identificação pelos consumidores.

Já são signatários do programa, cerca de 20 supermercados como Carrefour, Pão de Açúcar e Wal-Mart, e oito frigoríficos, entre eles JBS e Bertin. A Abras tem cerca de 70 mil empresas associadas.

Para o ministro Carlos Minc, que assinou o projeto de Certificação de Produção Responsável na Cadeia Bovina juntamente com o presidente da Abras, Sussumu Honda, ao certificar o elo da produção, trata-se de uma iniciativa em que todos ganham, visto que o consumidor terá informações para optar por produtos que não sejam provenientes de áreas degradadas e, ele acredita que, em pouco tempo, os pecuaristas que não se adequarem a essa exigência de mercado vão se adaptar.

Essa não é a primeira parceria entre Abras e MMA. Também neste ano, a Associação participou da campanha “Saco é um saco” em que os consumidores foram estimulados a utilizar sacolas retornáveis em substituição às sacolas plásticas que contaminam o meio ambiente e matam cerca de um milhão de animais por ano.

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