segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Sustentável leveza



Um Audi TT em produção: leve e ecológico


Produção ecológica -Sustentável leveza

Usando metais alternativos ao aço, a indústria reduz o peso dos carros e a emissão de poluentes

Reduzir o peso de um automóvel é uma necessidade que vai além da performance. Também traz uma postura ambientalmente correta. Quanto mais leves, menos combustível é gasto, e consumo menor significa menos emissões de gases que provocam o efeito estufa, que, por fim, significam, menos poluição.

Um dos segredos para produzir carros mais leves é a escolha da matéria-prima. O aço é o líder na indústria, mas o alumínio, o magnésio e o titânio tendem a ganhar espaço à medida que o custo baixar. A vantagem é direta: um peso 10% menor resulta em 5% de economia de combustível. E não é a única. O chassi do McLaren MP4-12C, por exemplo, é uma peça de fibra de carbono com 80 kg, mais resistente e durável. A barreira para o uso? O custo. Nesta “corrida leve”, quem tem a frente é o alumínio.

Em 1990, os carros europeus usavam, em média, 50 kg desse metal. Em 2005, isso saltou para 132 kg. Hoje, metade dos modelos europeus e 69% dos americanos e canadenses usam bloco de motor feito de alumínio e quase todos os cabeçotes levam o mesmo material. Num compacto, isso equivale a um ganho de até 50% do peso do bloco. O próximo passo é usar as ligas leves em outras partes, em especial no chassi e nas chapas da carroceria. Marcas como Audi, Jaguar e Lamborghini já fazem isso. Nos Estados Unidos, a Honda superou em 2008 o uso de 10% de alumínio no peso total de seus carros. Enquanto os modelos híbridos e elétricos engatinham, os movidos a combustível fossil têm bastante peso para queimar.

UM ESTRANHO NA LINHA

Nas linhas de produção brasileiras, o alumínio ainda é visto como um estrangeiro. Um estudo divulgado recentemente pelo pesquisador Marcelo Gonçalves, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), identificou o uso desse metal em 14 modelos Fiat, Ford e Volkswagen. Só a F-250 e o EcoSport superaram os 90 kg de alumínio. Na média, os brasileiros carregam aproximadamente 80 kg, ante a média mundial de 125 kg (leia mais abaixo).

DIETA LIGHT

A consultoria americana Ducker levantou o quanto de alumínio é empregado na produção de um automóvel em relação ao peso total, em várias partes do mundo:

América do Norte: 8,7%
Europa Ocidental: 8,6%
Japão: 8,0%
Média mundo: 7,8%
Coreia do Sul: 7,5%
China: 7,4%
Índia e Ásia: 6,2%
Rússia e Leste
Europeu: 5,9%
América do Sul: 5,8%
Oriente Médio e África: 5,1%

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