Gestor deve monitorar problemas de saúde de funcionários
data: 27/04/2010 / Fonte: Revista Proteção
Ilustração: Beto Soares/Revista Proteção
Nos dias de hoje, os trabalhadores são participantes de uma nova revolução: a conversão de grande parte do mundo em uma comunidade integrada pela tecnologia (around the clock community). Uma sociedade que trabalha continuamente 24 horas por dia e que se desenvolveu em resposta às necessidades sociais, econômicas e políticas. Esse tipo de organização do trabalho é conhecido como trabalho em turnos.
Seja qual for o argumento econômico para o trabalho em turnos, essa forma de organização pode resultar em uma gama de dificuldades. Essas complicações estão principalmente relacionadas à saúde, o que torna o assunto de interesse da ergonomia por haver discrepâncias na adaptação entre o trabalho e o homem.
Os problemas associados com o trabalho em turnos estão documentados e classificados em três grandes áreas. Primeiro, a quebra de processos fisiológicos que incluem o ritmo circadiano. Segundo, o enfraquecimento da saúde física e do bem-estar psicológico. Em terceiro, alterações na vida social e familiar.
Um dos problemas é de que as pesquisas aplicadas na área não consideram a percepção dos gestores sobre a relação entre as complicações de saúde e o sistema de turnos ao qual os trabalhadores estão expostos.
O trabalho em turnos não foi uma invenção da era industrial. Já existia desde o início remoto da vida social dos homens em formação organizada como cidade e estados.
Segundo o autor Joseph Rutenfranz e colaboradores, os mais antigos grupos profissionais que trabalham em sistemas de turno encontram-se no ramo de serviço de guarda (guarda noturno, vigia, polícia, bombeiros) ou de serviços de auxílio (enfermeiras, médicos, socorristas).
O trabalho em turnos pode ser definido como aquele em que existe continuidade da produção ou prestação de serviços, sendo realizados em horários diurnos e não diurnos, com ou sem interrupção diária, durante os dias úteis ou nos sete dias da semana.
Atualmente é uma prática comum nas empresas, principalmente em indústrias de manufatura que trabalham com processos do tipo linha e contínuo, com baixo nível de customização e alto volume de produção.
Autores: Marcelo Pereira da Silva e Fernando Gonçalves Amaral
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