domingo, 11 de abril de 2010

Menos formaldeído, mais sustentável

Pesquisas apontam que a exposição à ureia formaldeído, substância volátil que emana de chapas e painéis de madeira e MDF, está associada a várias doenças

Presente na cola usada em chapas e paineis de madeira MDF, ela permanece no ar depois da instalação. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Painéis de Madeira (Abipa), todos os seus integrantes obedecem às normas técnicas brasileiras. No entanto, apenas um (a Masisa) atinge a classificação E-1, idêntica à europeia, que limita a emissão a 8 mg/100 g de painel. "Reduzimos para melhorar a qualidade do ar na fábrica e isso ajudou as exportações", conta Jorge Hillmann, diretor-geral da empresa.

Na certificação LEED, ganham ponto os edifícios que empregam produtos com baixa emissão de formaldeído. Mas há poucas opções. "O compensado naval substitui o MDF em painéis e móveis, só que custa mais", diz o engenheiro Daniel Ohnuma, da consultoria paulista CTE. Da gaúcha Artecola vem uma possibilidade isenta de formaldeído: o Ecofibra, produzido de polipropileno, fibras vegetais de madeira, coco e bagaço de cana.

PREVENIR É O MELHOR REMÉDIO
Doutor em poluição de ambientes interiores e colaborador do Green Building Council Brasil, o alergologista Gustavo Graudenz afirma que o uso do formaldeído deve ser mais discutido.

• Quais são os riscos da substância?

Seu odor forte provoca irritação neurossensorial, o que gera dor de cabeça, dificuldade de concentração e irritabilidade, dependendo da quantidade e do tempo de exposição. Também é associada ao câncer em indivíduos predispostos e pode causar crises de asma, rinite ou sinusite.

• O que fazer para evitar problemas?

Reduzir o uso de produtos que contêm compostos orgânicos voláteis e exigir informação do fabricante. Se for aplicar um produto com formaldeído em casa, deixe o ambiente bem ventilado por algumas semanas antes de habitá-lo.

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