quarta-feira, 30 de junho de 2010


Colheita de amarguras

Os frutos podres que já colhemos devido à irresponsabilidade ambiental


Reação alérgica – Folhagens são arrasadas após “banho” de chuva ácida.


AMBIENTES AMEAÇADOS
Principal causa do desaparecimento das espécies, a degradação dos ambientes naturais é provocada, sobretudo, por desmatamento, expansão agrícola e avanço da urbanização e da poluição. A devastação generalizada afeta profundamente algumas das regiões mais ricas em biodiversidade do mundo e que, por sua situação de risco, ganharam o nome de hotspots*. Um exemplo são as áreas úmidas continentais, como brejos e várzeas. Estima-se que o avanço da agricultura tenha provocado o desaparecimento de aproximadamente 60% desses ecossistemas na Europa. Na Ásia, 85% deles estão ameaçados. Os ricos biomas brasileiros também sofrem constante ameaça.

CHUVA ÁCIDA

Trata-se de chuva, neve ou neblina com alta concentração de ácidos em sua composição. Com a denominação genérica de chuva ácida, sua origem são os óxidos de nitrogênio (NOx) e o dióxido de enxofre (SO2) liberados na atmosfera pela queima de combustíveis fósseis (principalmente o carvão mineral). Esses compostos reagem com o vapor de água presente na atmosfera, formando o ácido nítrico (HNO3) e o ácidosulfúrico (H2SO4), que, mais tarde, se precipitam e alteramas características do solo e da água, prejudicando lavouras, florestas e a vida aquática. Também danificam edifícios e monumentos históricos.

DESERTIFICAÇÃO

Causado, principalmente, pelo desmatamento indiscriminado que, há séculos – mas, sobretudo nas últimas décadas –, priva o mundo de sua cobertura vegetal, o processo de desertificação ameaça regiões em todo o planeta. No Nordeste brasileiro, por exemplo, a região conhecida como Polígono das Secas sofre ameaça constante de desertificação, provocada pela retirada da vegetação.

EROSÃO

A erosão, um processo natural da superfície terrestre, ocorre com o deslocamento de partículas do solo, pelas chuvas e pelos ventos, além da própria erosão geológica, que nivela a superfície terrestre. Mas a ação do homem (desmatamento, queimadas, urbanização) vem fazendo com que o processo tome proporções devastadoras, causando assoreamento de rios, lagos e represas, inundações e desertifi cação. No Brasil, as regiões mais atingidas estão no cerrado, com a ocorrência de voçorocas – escavações do solo provocadas por erosão subterrânea causada por águas de chuva.

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Cocoruto derretido - O monte Kilimanjaro, na África, está perdendo suas neves eternas: a foto da esquerda é de 1993; a outra, de 2000.

GLOBAL

Uma das consequências da ação humana sobre o meio ambiente é a elevação da temperatura média global, provocada pela intensifi cacao do efeito estufa. O aquecimento global está ligado a fenômenos como o degelo nas regiões polares e o agravamento da desertificação.

EXTINÇÃO DE ESPÉCIES
A situação, nesse quesito, vai de mal a pior: um estudo divulgado em maio de 2008 pela organização WWF indica que, em apenas 35 anos (entre 1970 e 2005), quase um terço das espécies animais do mundo desapareceu. Os números, alarmantes, confi rmam o que já havia apontado outro estudo, publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), em 2005, segundo o qual a Terra estaria passando por um novo período de extinção em massa. Estima-se que cerca de 27 mil espécies de seres vivos – entre animais, vegetais e micro-organismos – desapareçam do planeta a cada ano. Ainda que a extinção seja natural em um sistema em contínua evolução, o atual ritmo é assustador, acelerado pelas ações humanas – como a exploração abusiva dos recursos naturais, a destruição de habitats, a urbanização, a poluição e a introdução de espécies exóticas nos ambientes.

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RITMO ACELERADO - Cerca de 27 mil espécies desaparecem por ano. O peixe-boi está ameaçado de extinção

VOCÊ SABIA?

*O que são hotspots?


Conceito criado em 1988 pelo ecólogo inglês Norman Myers, os hotspots são as zonas do planeta mais ricas em biodiversidade e mais ameaçadas de destruição. No total são 34, incluindo a mata Atlântica e o cerrado brasileiros. Eles representam apenas 2,3% da superfície da Terra, mas mais da metade das espécies de plantas e 42% das de vertebrados terrestres são endêmicas dessas regiões. Os hotspots já perderam 70% da vegetação original. Por fim, cuidado para evitar uma confusão: o termo hotspot também pode ser usado na geologia — neste caso quando se refere a áreas de erupção vulcânica.

Um comentário:

  1. Olá, leia artigo sobre importância de preservar o patrimônio histórico, comente e se for o caso concorra a R$ 1.000,00 em prêmios. Acesse: www.valdecyalves.blogspot.com

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